Força-tarefa derruba imóveis ilegais perto de presídio de Bangu. Vídeo

A Secretaria de Ordem Pública (Seop) e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro realizaram, nesta quinta-feira (27/3), uma operação conjunta para demolir 19 construções irregulares nas proximidades do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Os imóveis estavam localizados a menos de 250 metros da unidade prisional, em área considerada de segurança, onde edificações são proibidas por lei.

Veja imagens da operação:

 

Das 19 estruturas demolidas, 12 estavam desocupadas, duas eram habitadas e receberam assistência da equipe de Assistência Social, e outras cinco funcionavam como criadouros de animais. Todos os imóveis haviam sido previamente notificados. Engenheiros da Prefeitura do Rio estimam um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões aos responsáveis pelas construções.

Durante a operação, foram apreendidos 700 metros de cabos de fibra ótica, possivelmente pertencentes a instalações públicas, além de 660 metros de cabos de cobre usados em ligações clandestinas de energia elétrica. Também foram cortadas ligações irregulares de água e luz, e removidas duas carcaças de veículos abandonados.

A secretária estadual de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel, explicou que a operação foi motivada por um mapeamento da Superintendência Operacional da Seap, que identificou as edificações irregulares e a atuação de uma organização criminosa na região do Catiri, em Vila Kennedy.

“É uma ação imprescindível para desarticular o crime organizado nas imediações do presídio. Mesmo com uma liminar impedindo a remoção de uma estrutura, a operação avançou, e seguiremos trabalhando para garantir a segurança do sistema prisional fluminense”, disse.

A ação contou ainda com a participação de equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais, Comlurb, Cedae, Light, Rio Águas e Rio Luz.

Essa não foi a primeira intervenção do tipo na região. No dia 25 de fevereiro, uma outra operação realizada pela Seop, Seap, Ministério Público e Polícia Militar resultou na demolição de 22 construções irregulares ao redor do complexo penitenciário. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, essas edificações, ligadas a uma facção criminosa, facilitariam a entrada de itens proibidos e possíveis fugas.

Relatórios da Subsecretaria de Inteligência da Seap indicam que criminosos ligados ao Comando Vermelho estariam estabelecendo bases de atuação no entorno do complexo, formando um cinturão de proteção em áreas estratégicas, utilizadas para arremessos de drogas e celulares para dentro das unidades prisionais.

Em agosto de 2024, a Prefeitura já havia demolido outras estruturas irregulares na mesma região. Na ocasião, foi desfeito um loteamento ilegal que avançava sobre uma área de 150 mil m², também considerada de interesse público e de segurança do presídio. As construções foram consideradas sem possibilidade de regularização.

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