“Morreu após 12 horas de agonia”, diz legista da autópsia de Maradona

As investigações sobre a morte do ídolo argentino Diego Maradona ganharam mais um capítulo. A sexta audiência do caso aconteceu nessa quinta-feira (27/3) e contou com o depoiento do médico legista que participou da autópsia do corpo do ex-atleta. Carlos Mauricio Cassinelli apontou a causa da morte do ex-jogador.

Cerca de 200 testemunhas foram convocadas para prestar depoimento no julgamento da morte do ex-jogador, incluindo o médico legista. Durante a audiência, que ocorre em San Isidro, Carlos Mauricio Cassinelli apontou um edema pulmonar agudo com insuficiência cardíaca e cardiomiopatia dilatada como causa da morte de Maradona.

Ainda conforme depoimento de Cassinelli, o ideal para a questão de saúde do astro era ser tratado em um hospital e não na casa onde veio a óbito. Ele estava em propriedade rural em San Andrés, ao norte de Buenos Aires.

4 imagens

Advogados dizem que imóvel não tinha condições de receber uma internação

Maradona morreu no local em novembro de 2020
Ex-segurança de Maradona é preso
1 de 4

Casa é alvo de acusações por parte dos advogados da família de Maradona

Reprodução

2 de 4

Advogados dizem que imóvel não tinha condições de receber uma internação

3 de 4

Maradona morreu no local em novembro de 2020

Reprodução

4 de 4

Ex-segurança de Maradona é preso

Sebastian Hipperdinger/Europa Press via Getty Images

O legista acrescentou ainda que quatro litros e meio de água estavam acumulado no corpo de Maradona e dois terços do total estavam presentes no abdômen dele. O autor da autópsia citou também a agonia de 12 horas que o ídolo argentino passou antes de morrer.

“O período agonizante é o período em que, uma vez iniciada a morte, ela é inevitável. Pode ser curto ou longo, dependendo da patologia. Períodos ultracurtos não permitem que coágulos se formem dentro das cavidades; não há tempo suficiente”, afirmou Cassinelli.

Ele ainda acrescentou que o coração de Maradona estava com o dobro do tamanho de um órgão normal.

O caso

Os profissionais que cuidaram de Diego Maradona nos últimos dias de sua vida estão sendo julgados na Argentina. Ao todo, sete profissionais são acusados de negligência aos cuidados com um dos maiores ídolos do futebol argentino, que faleceu em novembro de 2020.

Estão sendo julgados Leopoldo Luque, neurocirurgião; Agustina Cosachov, psiquiatra; Carlos Diaz, psicólogo; Nancy Forlini, coordenador médica; Mariano Perroni, coordenador de enfermagem; Pedro Pablo Di Spagna, médico; e Ricardo Almiro, enfermeiro.

Caso sejam condenados, os réus poderão enfrentar penas de 8 a 25 anos de prisão. Maradona faleceu durante a recuperação de uma cirurgia cerebral devido a um coágulo. Após exames, um infarto foi apontado como causa da morte do astro argentino.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.