A sensação de estar com fome o tempo todo definitivamente não é normal. Muitas vezes, a vontade de dar aquelas beliscadinhas ao longo do dia pode estar atrelada a situações emocionais. No entanto, há pessoas que não relatam nenhum tipo de tensão e, mesmo assim, têm um apetite insaciável.
De acordo com a nutricionista do Metrópoles Juliana Andrade, um dos principais motivos por trás da “fome de leão” está associado a uma dieta rica em carboidratos simples e alimentos ultraprocessados.
A especialista revela que quando priorizamos esse tipo de alimento há um aumento dos picos de glicose no sangue. Rapidamente, esses níveis sofrem uma queda e acaba gerando aquela vontade de comer de novo.
Entenda
- A especialista também revela outros motivos que podem acabar aumentando o apetite, como não ter o hábito de comer proteínas e fibras nas refeições. Esses grupos alimentares são essenciais para prolongar a sensação de saciedade.
- Pular algumas das refeições também pode ser uma das causas para a fome desregrada.
- A qualidade do sono e o estresse também foram citadas pela nutricionista como um dos problemas da “gula”. Segundo a expert, quando não dormimos o suficiente, ocorre um desequilíbrio hormonal. Ela explica que, nesses casos, há um aumento da grelina, o hormônio da fome, como também a redução da leptina, o hormônio da saciedade – o que intensifica a sensação de fome.
- Já o estresse faz com que haja um aumento dos níveis de cortisol, levando muitas pessoas a buscarem aqueles alimentos confortáveis, geralmente ricos em açúcar e gordura, intensificando o ciclo de alimentação emocional.
Nutricionista ensina como driblar a sensação de fome constante
Para Juliana Andrade, a melhor forma de manter o apetite sob controle é privilegiando uma dieta e rotina saudáveis. Quando se trata dos alimentos que vão frear a fome, ela indica as fibras, proteínas e gorduras “boas”.
“Para as pessoas que já tem essa tendência, eu indico que aumente a ingestão de grãos integrais, legumes, frutas, castanhas e fontes magras de proteína nas refeições. Dessa forma, vemos que a energia é liberada de forma gradual, mantendo a sensação de saciedade por mais tempo. Essa escolha nutricional evita picos de glicose e as consequentes quedas bruscas que levam à fome”, ressalta Juliana.

Outra dica importante é manter-se hidratado. Segundo a especialista, a sede muitas vezes é confundida com a fome. “Também recomendo incluir lanches saudáveis na rotina. E, claro, a prática de atividades físicas regulares vai contribuir para estabilizar o apetite”, comenta.
Mais do que adotar as estratégias listadas, Juliana reforça a necessidade de estar atento aos sinais do corpo, para que seja possível distinguir se é, de fato, a fome física ou a emocional.
“A prática da alimentação consciente pode ajudar nesse processo. Técnicas de meditação e momentos de pausa durante as refeições auxiliam na identificação dos sinais de saciedade, promovendo escolhas alimentares mais intuitivas e equilibradas”, reforça.
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