Itanhaém ergue faixa de areia em praia para impedir racha de charretes

São Paulo — A Prefeitura de Itanhaém, no litoral paulista, instalou uma faixa de areia com pedras na praia em que uma ciclista morreu após ser atropelada por uma charrete. O crime ocorreu no último dia 23, na divisa entre Itanhaém e Peruíbe. O suspeito, um homem de 31 anos, foi localizado e preso no sábado (29/3) em uma casa em Praia Grande.

Thalita Rochino, de 38 anos, morreu na terça-feira (25/3), dois dias após ser atropelada por Rudney Gomes Rodrigues, condutor da charrete. O atropelamento aconteceu quando ela andava de bicicleta na praia.

A Prefeitura instalou a faixa de areia na última sexta-feira (28/3), com o objetivo de impedir a passagem de veículos e charretes dentro dos limites de Itanhaém.

“A Administração Municipal está analisando mudanças na legislação municipal para endurecer as penalidades contra práticas irregulares nas praias da cidade”, disse a administração municipal.

Nesta terça (1º/4), haverá uma reunião conjunta entre representantes das prefeituras de Itanhaém e Peruíbe, Polícias Militar e Civil para tratar da fiscalização do local.


Acusações de racha

  • Familiares de Thalita acusam Rudney de participar de um racha com charretes no momento do atropelamento, informação que foi negada pelo advogado do suspeito, Francisco Silveira Filho.
  • “Ressaltamos que, em nenhum momento, o autor participava de qualquer tipo de disputa ou ‘racha’, tratando-se de um passeio familiar”, diz o posicionamento.
  • Além disso, a nota da defesa diz que Rudney estava passeando a cavalo com sua família pelas ruas do bairro, porém pela ausência de uma “orla apropriada para o tráfego, optou por transitar pela faixa de areia até a próxima saída”.
  • O advogado ainda mencionou que o trecho da praia é um local “tradicionalmente utilizado para passeios a cavalo há mais de 20 anos, em razão de ser uma área pouco habitada”.
  • O boletim de ocorrência foi registrado pelo próprio condutor.

O que aconteceu

No boletim de ocorrência, o condutor disse que viu uma pessoa à sua esquerda e desviou. Foi nesse momento que Thalita, que vinha pelo lado direito, teria cruzado na frente da charrete, “ocasionando uma colisão frontal”.

Rudney também afirmou que andou cerca de 100 metros para frente do local do atropelamento para prender o cavalo que puxava a charrete. A esposa dele teria prestado socorro à vítima. O atropelador retornou ao local do acidente e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Thalita foi atendida e encaminhada à UPA de Itanhaém, mas foi transferida para um hospital particular atendido por seu convênio médico.

Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém cumpriram mandados de busca e apreensão e prisão temporária contra o condutor em três endereços. Ele foi encontrado na Vila Mirim, em Praia Grande.

Dando sequência ao cumprimento dos mandados, os policiais encontraram o cavalo e a charrete no Bairro Ribeirópolis, também em Praia Grande. O suspeito foi encaminhado à prisão.

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