Os cardeais não fazem outra coisa desde que chegaram a Roma: reúnem-se e conversam, conversam muito. E só têm um único assunto: a eleição do novo Papa.
Ainda não foi marcada a data para que se tranquem na Capela Sistina em completo isolamento, invoquem a ajuda do Espírito Santo e comecem a escolher o sucessor de João Paulo II.
Mas, informalmente, o processo de escolha já foi desatado. E há alguns anos para ser mais preciso.
João Paulo II veio morrendo à vista de todos desde pelo menos 1995 quando se agravaram seus problemas de saúde. E não governou para valer a Igreja no seu último ano de vida. Governaram por ele.
É natural, pois, que a sucessão dele venha rolando desde então.
Se o Espírito Santo preferir supervisionar tudo à distância, é razoável prever que o conclave será rápido. Coisa de dois, três dias no máximo.
(Publicado aqui em 4 de abril de 2005)