São Paulo — Foi agendado para maio o julgamento do tenente da Polícia Militar (PM) Henrique Otavio Oliveira Velozo, acusado de matar, com um tiro na cabeça, o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, em agosto de 2022.
Conforme registrado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o júri popular está previsto para ocorrer entre os dias 22 e 23 do próximo mês, a partir das 10h, no plenário 7 do Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste paulistana.
Preso no presídio militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo, o oficial da PM havia perdido o direito de receber seu salário, de R$ 10,8 mil, por determinação do TJSP.
Contudo, a decisão dos desembargadores foi revertida no dia 17 de março, pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O magistrado acolheu pedido da defesa do PM, a qual alegou que, por não ter sido condenado, a suspensão do pagamento violaria a presunção de inocência.
Como foi o crime
- O lutador Leandro Lo, na ocasião com 33 anos, se envolveu em uma discussão com o tenente da PM, durante um show em um clube de São Paulo, em agosto de 2022.
- Após o desentendimento, o policial Henrique Otávio Oliveira Velozo foi até a mesa do campeão mundial com uma garrafa. Ele foi derrubado e imobilizado por Lo.
- O tenente, depois de ser solto pelo lutador, levantou-se, sacou uma arma e atirou na cabeça do atleta.
- O PM foi preso em flagrante. Ele também treinava jiu-jitsu, mas de forma amadora.
- Henrique Otávio foi indiciado pela polícia e denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima, cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão, segundo o Código de Processo Penal.