O Grupo Casas Bahia informou, na noite dessa segunda-feira (7/4), que o empresário Michael Klein, que integra a família fundadora da companhia, desistiu de um pedido de convocação de Assembleia Geral Extraordinária (AGO) de acionistas para votar a destituição de membros do Conselho de Administração.
O pedido de convocação havia sido apresentado por Klein e outros acionistas a ele vinculados.
Inicialmente, o empresário pretendia que a assembleia votasse a destituição de membros do Conselho de Administração das Casas Bahia, entre os quais o presidente do colegiado, Renato Carvalho do Nascimento.
Além de Nascimento, Klein também pretendia destituir Rogério Calderón Peres como conselheiro independente.
Klein pedia ainda a sua própria eleição ao colegiado, além da nomeação de Luiz Carlos Nannini como membro independente do conselho.
“Tendo em vista o pedido de cancelamento enviado pelos acionistas MK, a companhia informa que a solicitação de convocação de AGE divulgada por meio do fato relevante em 1º de abril de 2025 perdeu o objeto e, portanto, a companhia não procederá com a convocação da AGE”, informaram as Casas Bahia em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em carta encaminhada à empresa, Michael Klein explicou a decisão de desistir do pedido de convocação da assembleia.
“O cancelamento do pedido para substituição parcial de membros do Conselho de Administração confere um voto de confiança, por mais um período, aos esforços que vêm sendo envidados pela administração, em especial pela diretoria, com vistas ao saneamento da situação financeira da companhia”, justificou Klein.
Michael Klein deixou a presidência do Conselho de Administração do Grupo Casas Bahia em 2020. Nos últimos anos, ele e os irmãos estiveram envolvidos em uma série de disputas judiciais pela herança do pai, Samuel Klein (1923-2014), o fundador das Casas Bahia.
Aumento de participação acionária
No início do mês, Michael Klein ampliou sua participação acionária na companhia.
No dia 1º, ele passou a deter 10,42% das ações das Casas Bahia, o que equivale a 10.107.082 ações.
Até então, o empresário possuía 1,68% dos papéis. Juntamente com outros acionistas a ele vinculados, a participação chegava a 9,49% do capital social da companhia.