Rede de prostituição de brasileiras em Portugal usava spas de fachada

As brasileiras presas em Lisboa, Portugal, suspeitas de comandarem uma rede de prostituição, usavam spas de fachada para encobrir o esquema criminoso, conforme apontou a Operação Last Massage.

Após mais de dois anos de investigações, a polícia portuguesa descobriu que o esquema, além da prática de exploração sexual, envolve sonegação contra o sistema previdenciário de Portugal.

Regina Episcopo, conhecida como DJ Rebeka Episcopo ou Beka, e Jacimara Berwig seriam as chefes da rede e acabaram presas. Nas redes sociais, o spa que funcionava como casa de prostituição alegava unir o bem-estar físico e mental, além de realizar terapias de relaxamento que oferecem “experiências sensoriais intensas”.

A responsável pelas investigações do caso, a comissária Carina Alves, informou que a investigação durou mais de dois anos. A Polícia de Segurança Pública de Portugal foi responsável pelas prisões.

De acordo com sites locais, durante a operação, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão. Entre os materiais encontrados na operação havia 107 mil euros (R$ 642 mil) em dinheiro vivo, uma arma calibre 22, dois carregadores, duas espingardas de calibre 12, 32 munições de calibre 12, nove embalagens de gás de pimenta, 17 telefones celulares, oito computadores, três tablets, 18 dispositivos de armazenamento portátil, um sistema de vídeovigilância e um dispositivo portátil de comunicação por rádio, dois cartões bancários, cinco terminais de pagamento eletrônico e dois cheques no valor de 5 mil euros (R$ 30 mil) cada.

Ainda segundo a comissária, as brasileiras eram sócias de espaços dedicados exclusivamente à prostituição, mas divulgados como spa. “Foi um longo período de investigação até conseguirmos confirmar o caso. A rede de prostituição era difundida como spa até mesmo nas redes sociais”.

Regina e Jacimara respondem por “lenocínio”, prática criminosa que consiste em facilitar ou promover a prática da prostituição de pessoas ou ainda tirar proveito das vítimas. O caso segue sendo investigado no país europeu até o julgamento, que ainda não foi marcado.

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