Márcio Poncio causou um verdadeiro alvoroço nas redes sociais, nesta terça-feira (8/4), e foi detonado por defender a anistia para os réus condenados por envolvimento na tentativa de golpe, ocorrido no dia 8 de janeiro de 2023.
“Ao senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, honoráveis membros da Suprema Corte, autoridades constituídas desta nação, povo brasileiro, irmãos e irmãs de todas as cores, crenças e sonhos, Como coração cheio de humildade e o espírito respeitoso, dirijo-me hoje, não como uma voz isolada, mas em confraternização com tantas outras que ressoam por este Brasil”, começou.
E seguiu com seu pedido: “Venho com a leveza da esperança que nos mantém de pé, mesmo nos dias mais sombrios. Sinto-me na obrigação de falar em nome daqueles que, no dia 8 de janeiro, se viram em meio a um turbilhão de emoções, ideais e escolhas. Falo dos nossos irmãos brasileiros, cidadãos como eu e vós, que, em sua essência, acreditaram estar defendendo algo maior: esta nação que nos une, esta democracia que, com suor e lágrimas, construímos juntos”, afirmou.
Citou a Bíblia
Ainda na publicação, Márcio Poncio comentou que, assim como todos os brasileiros, quer um país melhor e citou a Bíblia: “Não há entre nós quem não deseje o melhor para o Brasil, ainda que os caminhos que escolhemos por vezes se cruzem em conflito. A Bíblia nos ensina, com sabedoria divina, que no campo da vida crescem juntos o trigo e o joio. Mas nos ensina também a olhar prioritariamente para o trigo, para o que é bom, para o que é puro. Olhar para o joio nos desvia de nossa essência, que jamais poderá ser perdida. E eu vejo trigo em muitos dos nossos irmãos presos”, comparou, antes de completar:
“Vejo brasileiros que, como nós, amam esta terra, que têm famílias, que sonham com um futuro de paz. Sim, houve erros, houve excessos, e o joio se misturou ao trigo. Mas cabe a nós, como nação, separar com Justiça e misericórdia o que pode ser salvo do que deve ser corrigido. Senhor Presidente, senhores da Suprema Corte, vós sois as autoridades constituídas, os guardiões da ordem e da Justiça, mas também os portadores da chama que pode reacender a união entre nós”, declarou.
Pedido de perdão
Logo depois, o pastor falou da anistia: “Peço-lhes, com humildade e respeito de quem acredita no poder da redenção, que olhem para esses brasileiros com os olhos de quem vê irmãos, não apenas réus. Se for possível, que a anistia seja o gesto generoso que cicatrize as feridas de um povo dividido. Que ela seja o símbolo de um Brasil que escolhe perdoar para poder avançar. E, se a anistia não for o caminho, que as penas sejam justas e exemplares, sem reações movidas por estímulos de radicais egocêntricos que só pensam em si mesmos”, apontou.
No relato, o religioso ainda falou sobre ódio: “Nós, brasileiros, somos mais do que nossas diferenças. Somos um só coração, mesmo quando ele bate em ritmos distintos. Precisamos superar as adversidades, curar as cicatrizes e erguer pontes onde hoje há abismos. Este é o momento de mostrar ao mundo que o Brasil não se curva ao ódio, mas se levanta com amor, com diálogo, com fé”, comentou.
Radicalismo
No fim da carta aberta, ele definiu: “Eu tenho esperança e acredito na Constituição do nosso Brasil. Que Deus ilumine os corações e as decisões daqueles que têm o poder de pacificar esta nação. Que o Brasil, unido, encontre na Justiça e na compaixão o caminho para um futuro onde todos possamos nos chamar, verdadeiramente, de irmãos. Os radicais nunca representaram o Brasil”, encerrou.
Nos comentários, os seguidores reagiram: “Quando a gente quer consertar os problemas do mundo, a gente começa em casa”, disparou uma. “A Lei é pra todos! E crime é crime! Se estivessem na igreja orando, não estariam presos! Lei da semeadura só estão colhendo o que plantaram!!!!”, escreveu outra. “Defendendo a democracia??? Não aceitando resultado de eleição? Kkkkkkk esse povo de direita me enoja”, detonou um terceiro. “Lindas palavras, mas não convenceu ”, debochou mais uma.