Silveira diz que atraso do Ibama impede avanço da transição energética

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, nesta terça-feira (8/4), que o atraso no envio do licenciamento da exploração de petróleo e gás natural na Margem Equatorial impede o avanço da transição energética do país.

“Nós compreendemos que o atraso do Ibama na emissão desse licenciamento para pesquisa da Margem Equatorial atrasa, inclusive a transição energética. Porque nós temos naquela região, pelo menos eu espero, o petróleo”, disse.

A declaração de Silveira foi dada em entrevista coletiva após o evento Gas Week 2025.

O órgão responsável pela análise da autorização pedida pela Petrobras para atuar na Foz do Amazonas, no litoral do Amapá, é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que segue analisando o licenciamento.

Silveira ainda afirmou que a reunião prevista com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, precisou ser desmarcada porque o assunto teria que ser tratado com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A reunião entre os ministros também foi desmarcada devido à “assoberbada agenda” de Marina, segundo o titular da pasta de Minas e Energia. Silveira destacou que o MME quer contribuir com a ministra e mostrar que são “parceiros ambientais dela”.

“O Ministério de Minas e Energia é o ministério que mais implementou a política de sustentabilidade”, frisou. “Ninguém fez política de transição energética e política de sustentabilidade como Ministério de Minas e Energia. Portanto, nós somos um braço da ministra Marina Silva. Nós somos parceiros dela para poder mostrar para o mundo”, completou ele.

Silveira destacou que a COP30 não deve se restringir a apresentar as belezas tropicais do Brasil. Para o ministro, é necessário mostrar todas as potencialidades do país e cobrar os países ricos e industrializados para cumprirem o Acordo de Copenhague e o Acordo de Paris, que, ainda segundo ele, “irresponsavelmente não estão fazendo”.

Ele ainda criticou as ações recentes do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump. O republicano chegou a assinar um decreto para oficializar a saída dos EUA do Acordo de Paris e revogar diversas medidas ambientais do país.

“Ainda vêm as políticas irresponsáveis do presidente Trump a somar com isso, dividindo o mundo e fazendo exatamente o contrário do que o presidente Lula faz, que é pregoar a união global, a governança global e a política da paz mundial”, finalizou.

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