
A nova rodada do “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começa nesta quarta-feira (9). Sob justificativa de gerar empregos no país, as tarifas de Trump causam temor no mercado internacional e indicam a escalada de uma guerra comercial com a China.

Donald Trump anunciou tarifas para diversos países, incluindo o Brasil, na última quarte-feira (2) – Foto: Mark Schiefelbein/AP
As taxas denominadas “abrangentes” entraram em vigor no sábado (7), com piso de 10% para todas as nações. A partir desta quarta-feira, serão implementadas as tarifas “recíprocas” para 57 países que cobram mais de 20% de impostos dos Estados Unidos.
O Brasil foi taxado em 10% e não terá aumento nesta nova rodada. As tarifas de Trump foram calculadas pelo déficit comercial de cada país, dividido pelas exportações para os Estados Unidos, depois dividido pela metade.

Governo chinês reiterou que não será intimidado pelas tarifas de Trump – Foto: Reprodução/X/ND
A China lidera o ranking com a maior taxa, de 104%. Os Estados Unidos haviam anunciado imposição de 54% a partir desta quarta-feira, porém, a retaliação chinesa determinou tarifa de 34% sobre os produtos estadunidenses. Trump, então, dobrou a aposta e anunciou mais 50%.
“A China continuará tomando medidas contundentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos. Se os Estados Unidos ignorarem os interesses dos dois países e da comunidade internacional e insistirem em lutar guerras tarifárias e comerciais, a China certamente lutará até o fim”, ressaltou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian.
Tarifas de Trump: veja ranking dos países com as maiores taxas
- China – 104%
- Lesoto – 50%
- Camboja – 49%
- Laos – 48%
- Madagascar – 47%
- Vietnã – 46%
- Myanmar (Birmânia) – 44%
- Sri Lanka – 44%
- Ilhas Falkland – 41%
- Síria – 41%
- Maurício – 40%
- Iraque – 39%
- Guiana – 38%
- Bangladesh – 37%
- Botsuana – 37%
- Liechtenstein – 37%
- Sérvia – 37%
- Tailândia – 36%
- Bósnia e Herzegovina – 35%
- Macedônia do Norte – 33%
- Angola – 32%
- Fiji – 32%
- Indonésia – 32%
- Taiwan – 32%
- Líbia – 31%
- Moldávia – 31%
- Suíça – 31%
- África do Sul – 30%
- Argélia – 30%
- Nauru – 30%
- Paquistão – 29%
- Tunísia – 28%
- Cazaquistão – 27%
- Índia – 26%
- Coreia do Sul – 25%
- Brunei – 24%
- Japão – 24%
- Malásia – 24%
- Costa do Marfim – 21%
- Namíbia – 21%
- Jordânia – 20%
- União Europeia – 20%
- Nicarágua – 18%
- Zimbábue – 18%
- Filipinas – 17%
- Israel – 17%
- Malawi – 17%
- Moçambique – 16%
- Noruega – 15%
- Venezuela – 15%
- Nigéria – 14%
- Chade – 13%
- Guiné Equatorial – 13%
- Camarões – 11%
- República Democrática do Congo – 11%