Qualidade da nutrição marcam debates no 25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura

Até nesta quinta-feira (10) acontece o 25º SBSA (Simpósio Brasil Sul de Avicultura) e a 16ª Poultry Fair. Os eventos serão realizados no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó, Oeste de Santa Catarina. Um dos assuntos debatidos foi a qualidade da nutrição dos animais.

25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura

Qualidade da nutrição marcam debates no 25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura – Foto: Suellen Santin/ND

25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura

No primeiro dia do 25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura e da 16ª Poultry Fair, realizado na terça-feira (8), especialistas abordaram os desafios da avicultura frente à oscilação dos mercados, tensões geopolíticas e alternativas para otimizar a nutrição de frangos de corte.

O cenário econômico global e os custos com insumos impactam diretamente toda a cadeia produtiva da avicultura.

O doutor em Zootecnia Alex Maiorka, falou sobre a qualidade dos ingredientes utilizados na alimentação de frangos de corte. Ele defendeu o uso de ingredientes alternativos, como os grãos de destilaria e propôs critérios técnicos para o uso de milho, sorgo e farelo de soja nas formulações.

Segundo Maiorka, para garantir o desempenho zootécnico e financeiro, é necessário estabelecer planos estratégicos de controle de qualidade e padronização analítica. Ele defende que o controle deve ser encarado como um investimento, não um gasto operacional.

“Preciso saber o que estou comprando e de quem estou comprando. Sem padronização de amostragens e análises, não há como otimizar os resultados”, explicou Maiorka.

O especialista ainda ressaltou a importância de entender a dinâmica de oferta desses ingredientes. “São alimentos de oportunidade. Se bem utilizados, trazem ganhos econômicos sem comprometer a performance produtiva” completou.

25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura

25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura acontece até nesta quinta-feira – Foto: Suellen Santin/ND

EUA e China impactam diretamente o agro brasileiro

Durante o evento, o especialista em Economia e Mercados Financeiros, Pedro Hugo Dejneka, destacou o papel estratégico do Brasil diante da reindustrialização dos Estados Unidos e da guerra comercial entre norte-americanos e chineses.

“O Brasil terá que saber navegar entre as relações com Estados Unidos e China. Esse atrito vai exigir posicionamento”, afirmou Dejneka, ao abordar os efeitos das tensões para o agronegócio brasileiro.

O economista também discutiu a situação fiscal brasileira e o mercado da soja, destacando que o setor está em um ciclo de baixa, que tende a durar mais do que os ciclos de alta.

Apesar disso, ele vê a demanda aquecida para os próximos anos e acredita que o setor deve se adaptar a margens mais apertadas no curto prazo. “O agro brasileiro já superou muitos desafios. Talvez tenhamos dois ou três anos difíceis, mas isso faz parte do ciclo”, ponderou.

Organizado pelo Nucleovet (Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas), o SBSA espera reunir mais de 2,5 mil participantes até o encerramento, consolidando-se como um dos principais eventos técnicos da avicultura no Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.