Trabalhadores da Progresso protestam por direitos não pagos

Trabalhadores da Progresso protestam por direitos não pagos (Foto: reprodução/ redes sociais)

Na manhã desta quinta-feira, 10, funcionários e ex-funcionários da Viação Progresso realizaram um protesto em frente à sede da empresa, localizada na avenida Marechal Rondon, na capital, para cobrar o pagamento de direitos trabalhistas pendentes. Segundo os manifestantes, há rescisões não quitadas desde 2012.

A manifestação contou com a presença de ex-cobradores, motoristas e fiscais, além do apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE). De acordo com Ivana Rodrigues, que trabalhou durante anos como cobradora, o objetivo do ato é pressionar as autoridades para que adotem medidas mais efetivas no bloqueio judicial dos bens da empresa, a fim de garantir os pagamentos devidos.

“Nós estamos aqui chamando a atenção do Ministério Público do Trabalho [MPT]. Há quase dois anos ele tem se dedicado muito ao nosso caso. Contamos também com o apoio da CUT. Queremos o bloqueio judicial de tudo que pertence à empresa para que possamos receber nossas verbas rescisórias”, declarou Ivana.

Ela destacou ainda que a empresa acumula dívidas trabalhistas que ultrapassam os R$ 30 milhões. “Hoje somos 690 pais e mães de família na fila do Tribunal Regional do Trabalho [TRT]. Estimamos que o valor devido esteja entre R$ 32 e R$ 33 milhões, referentes a processos já sentenciados”, afirmou.

Além da cobrança pelos pagamentos atrasados, os trabalhadores também pedem que a nova empresa que assumiu o serviço de transporte público na capital absorva os profissionais da antiga viação. “Não adianta apenas recolocar esses trabalhadores no mercado. É preciso pagar o que foi deixado para trás. Temos colegas que trabalharam aqui por mais de 30 anos e saíram sem receber nada. Alguns não conseguem sequer se aposentar”, lamentou Ivana.

A vice-presidente da CUT/SE, Carol Santos, reforçou o apoio da entidade à mobilização dos rodoviários. “Estamos aqui para nos somar à luta desses trabalhadores e trabalhadoras. São quase 700 pessoas esperando para receber FGTS, salários atrasados, férias e décimo terceiro. Há uma nova empresa operando o transporte, e é fundamental que ela absorva essa mão de obra qualificada. Mas, antes de tudo, é preciso garantir os direitos adquiridos por esses profissionais que já prestaram seu serviço e agora lutam apenas para receber o que é justo”, declarou.

Em nota, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju (SMTT) destacou que, pelo decreto municipal, a empresa Progresso tem até esta quinta-feira, 10, para circular. Os funcionários, no entanto, realizaram paralisação em protesto e os veículos não saíram. “A nova empresa RS já está realizando toda a substituição da frota. Já está havendo remanejamento de veículos para atender as regiões desassistidas. Até 10h haverá a normalização”, pontuou o órgão de trânsito.

Portal Infonet não conseguiu contato com a Progresso até a publicação desta notícia. O espaço segue aberto para manifestação por meio do e-mail [email protected].

por João Paulo Schneider 

O post Trabalhadores da Progresso protestam por direitos não pagos apareceu primeiro em O que é notícia em Sergipe.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.