Dólar cai e Bolsa dispara em dia que Trump deu trégua com “tarifaço”

Os mercados de câmbio e de ações tiveram um dia de refresco. Nesta sexta-feira (11/4), o dólar fechou em queda de 0,50%, cotado a R$ 5,86. O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), encerrou o pregão em alta de 1,45%, aos 128.184 pontos.

Os dois resultados revertem os movimentos da véspera. Na quinta-feira (10/4), a moeda americana registrou alta de 0,92%. O Ibovespa desabou 1,13%.

Não faltaram, porém, motivos para novos solavancos nos mercados, com um novo desdobramento da guerra tributária lançada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na quinta-feira (10/4), o governo americano confirmou tarifas de 145% sobre produtos importados chineses. Nesta sexta (11/4), a China deu o troco, impondo sobretaxa de 125% sobre os itens americanos (antes disso estavam em 84%).

Nesta sexta-feira, o dólar caiu no mundo. O índice DXY, que mede a força da moeda americana frente uma cesta de seis divisas de mercados desenvolvidos, recuava 0,78% às 14h30. Em relação ao peso mexicano, numa comparação com outro país emergente além do Brasil, ela também baixava 0,57% no mesmo horário.

Bolsas “sem direção”

As Bolsas da Ásia fecharam, como dizem os analistas, “sem uma direção única”. Ou seja, houve altas e quedas. O índice Nikkei, de Tóquio, caiu 2,96%. Em Seul, na Coreia do Sul, o Kospi também recuou 0,5%. Em Taiwan, o Taiex avançou 2,78%.

Na Europa, os resultados também variaram. O índice Stoxx 600, que capta dados de empresas de 17 países, fechou em leve queda de 0,15%. Já o FTSE 100, da Bolsa de Londres, avançou 0,63%. O DAX, de Frankfurt, e o CAC 40, de Paris, caíram, respectivamente, 1,19% e 0,52%.

Ações nos EUA

À semelhança do que ocorreu no Brasil, as principais Bolsas dos Estados Unidos valorizaram nesta sexta-feira. O S&P 500 subiu 1,84%, o Dow Jones teve elevação de 1,72% e o Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia, subiu 1,98%. Todos se recuperaram, ainda que parcialmente, de quedas na véspera.

Na Bolsa brasileira, as ações de maior peso subiram, ajudando a empurrar o Ibovespa para cima. Esse foi o caso da  Petrobras, que vinha acumulando sucessivas baixas com a queda do preço internacional do petróleo. Ela anotou elevação de até 2,72%.

Inflação e PIB

No Brasil, os investidores acompanharam a divulgação de dados sobre a inflação e o PIB. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,56% em março. Ele desacelerou em relação a fevereiro, quando ficou em 1,31%. Mas foi o maior índice o mês desde 2023 (0,71%).

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta em fevereiro de 0,4% em fevereiro. A expectativa do mercado era de uma elevação entre 0,15% e 0,20%.

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