Ministros e auxiliares de Lula no Palácio do Planalto têm atuado, nos bastidores, para tentar barrar o avanço, no Congresso Nacional, do projeto da anistia os condenados pelo 8 de Janeiro.
Segundo auxiliares presidenciais, os ministros do governo foram orientados a procurar sobretudo deputados de seus estados para pedir que retirem as assinaturas do requerimento de urgência da proposta.
A avaliação no Planalto é de que os ministros de Lula teriam muito mais influência sobre deputados de seus estados do que de seus partidos e, por isso, devem focar na estratégia regionalizada.
Em outra frente, o Planalto também tem buscado lideranças do Centrão cujos partidos têm ministérios no governo, para pedir que pressionem os deputados de suas legendas a retirarem suas assinaturas da urgência.
Sem efeito até agora
À frente da articulação pela anistia, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, diz que a pressão do governo não teria surtido efeito. Segundo ele, as 265 assinaturas pela urgência seguem mantidas desde a sexta-feira (11/4).
Dessse total, como noticiou o Metrópoles, mais de 100 seriam de deputados de partidos que possuem cargos no governo Lula, o que incomodou o Planalto. A lista completa ainda não foi disponibilizada pelo líder do PL.