Joyce Cristiane Feijó e a mãe dela, Maria de Lourdes Feijó, estavam em um dos carros atingidos pelo rastro de fogo feito por uma carreta carregada de combustível que tombou no Km 233, da BR-101, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC), no início da tarde deste domingo (6/4). Elas contam que precisaram atravessar o fogo para sair do local.
“Ele [o caminhão] jogou aquele líquido. Um líquido meio rosado, assim. Achando que era um líquido que não ia dar nada. E de repente, levantou aquela labareda. E ela [Joyce] ficou no desespero”, relatou Maria de Lourdes.
“Eu estava dirigindo descalça. E a mãe estava ainda com chinelo, né? Quando a gente saiu já tinha muito fogo ali no chão, como se fosse uma lava descendo, escorrendo. Não tinha para onde correr ali. Só atravessando o fogo”, relembrou Joyce ao programa Fantástico, da TV Globo.
Além das mulheres, cinco pessoas ficaram feridas. Foram 21 carros e três carretas incendiados.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) reconstituiu o acidente envolvendo o caminhão-tanque. As informações constarão de um laudo pericial de trânsito, que apontará as causas e circunstâncias da ocorrência. Para isso, drones e um scanner 3D são usados na investigação.
De acordo com informações preliminares, a carreta estava a 57 Km/h três segundos antes de tombar. A velocidade é abaixo do permitido na via, de 60 Km/h.
O motorista do caminhão, Tiago Antônio Chies, viajava com a mulher e seguia para Esteio, no Rio Grande do Sul, com o caminhão carregado com etanol. Segundo o cirurgião plástico Anderson Stahelin, os dois ficaram com queimaduras graves.