A Câmara de Vereadores de Brusque aprovou nesta terça-feira (15) o Requerimento nº 53/2025, que solicita a criação de uma ajuda de custo mensal de R$ 200 para atiradores do Tiro de Guerra (TG 05-005) oriundos de famílias com renda de até dois salários mínimos. A proposta, apresentada pelo presidente da Casa, Jean Dalmolin (Republicanos), foi aprovada por 9 votos a favor e 3 contrários.
Proposta busca amparar jovens em situação de vulnerabilidade
O objetivo do benefício é auxiliar os atiradores a cobrir despesas básicas, como alimentação e transporte, durante o período em que prestam serviço militar no município. Atualmente, cerca de 100 jovens passam anualmente pelo Tiro de Guerra de Brusque.
“Esse requerimento é para auxiliar esses jovens e suas famílias nas despesas que têm ao servir o Exército. O Tiro de Guerra tem um papel muito importante em Brusque. Sempre que há calamidades, enchentes, ou ações sociais, eles estão prontos para ajudar. Agora é a vez do município ajudar de volta”, afirmou Jean Dalmolin.
O presidente da Câmara explicou ainda que o pedido surgiu a partir de conversas com ex-comandantes da unidade, que relataram a existência de benefícios semelhantes em outros municípios.
“Segundo o último comandante, de 10 a 15 jovens aqui se encaixam nesse perfil de baixa renda. O impacto para o orçamento municipal é pequeno diante do retorno social que esses jovens oferecem”, reforçou.
Votação teve divergência entre os parlamentares
Apesar de aprovado, o requerimento não foi unânime. Votaram contra os vereadores Bete Eccel (PT), Rick Zanata (Novo) e Felipe Hort (Novo). Segundo Jean, os votos contrários foram baseados em sugestões alternativas, e não em críticas diretas à intenção da proposta.
“Entendi super bem o questionamento deles. Eles sugeriram envolver o assistência social ou o SINE, por exemplo. A ideia é válida, mas neste momento, acreditamos que o auxílio direto é o mais eficaz para melhorar a vida desses jovens”, comentou o presidente.
Próximos passos
Com o requerimento aprovado, o próximo passo será o envio da solicitação ao Executivo Municipal, que deverá analisar a viabilidade de instituir o benefício. A proposta pode servir de base para a criação de um projeto de lei formalizando o auxílio, o que dependerá da prefeitura.