Bandeira do Brasil digital foi à Lua com módulo privado Odysseus

A empresa norte-americana Intuitive Machines fez história na última semana ao pousar seu lander Odysseus na Lua, levando cargas úteis da NASA e de clientes privados. Entre eles, estava a Lonestar Data Holdings, que enviou um data center de demonstração com diferentes dados, incluindo a bandeira do Brasil — em versão digital, claro.

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Conhecida por seu trabalho com o armazenamento de dados, a Lonestar Data Holdings decidiu embarcar com a Intuitive Machines na jornada à Lua. Para isso, a companhia aproveitou a missão IM-1 para realizar uma demonstração de data centers e recursos de DRaaS (sigla em inglês de “Recuperação de Desastres como Serviço”). 

A Lonestar Data Holdings quer usar a Lua como um local seguro para armazenamento de dados (Imagem: Reprodução/NASA/Unsplash)

“A ideia da empresa é criar uma rede de servidores na Lua que permitam armazenar dados que a humanidade julgar imprescindíveis”, explica Lucas Fonseca, engenheiro espacial e diretor da missão Garátea, em entrevista ao Canaltech. Desta forma, arquivos confidenciais, grandes obras da humanidade e outros dados valiosos podem ser armazenados longe de ameaças como hackers e desastres naturais. 


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Para esta demonstração inicial na Lua, a empresa enviou alguns arquivos comerciais e abriu um cofre humanitário para abrigar arquivos preciosos para determinadas comunidades. “Recebemos o convite, e enviamos uma bandeira do Brasil com fotos de 100 brasileiros estampadas em forma de mosaico”, acrescentou o diretor. E assim, o arquivo digital com retratos de brasileiros em um mosaico sobreposto à bandeira do Brasil, foi enviado na jornada rumo ao nosso satélite natural. 

Bandeira do Brasil na Lua 

Para entender melhor o projeto, vale recordar que a Missão Garatéa é o maior consórcio espacial do Brasil em atividade. O nome vem do tupi-guarani, e sigifica “busca-vidas”. A missão já rendeu o envio de experimentos de estudantes brasileiros à Estação Espacial Internacional, e visa também enviar um pequeno satélite à órbita lunar.

Para escolher os participantes do mosaico, Lucas conta que foi organizada uma ação, na qual os membros que contribuíssem com a missão poderiam ter diferentes benefícios. Um deles era o envio da foto ao nosso satélite natural.

“O projeto foi nomeado como Brasil200, e é uma tentativa da Garatéa, junto de outros parceiros, de validar diferentes formas de conseguir fomento para atividades espaciais em nosso país”, explicou. Já o nome “Brasil200” é uma referência à celebração dos 200 anos da Independência, completados em 2022.

Segundo Fonseca, o envio da bandeira é como um pontapé inicial para etapas futuras da missão. “É uma primeira semente de que é possível participar dessas missões espaciais privadas para a Lua, criando um incentivo para voos ainda maiores no futuro”, finalizou o engenheiro.

Leia a matéria no Canaltech.

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