Dólar tem queda global com novas críticas de Trump ao BC americano

O dólar segue em queda nesta segunda-feira (21/4) em todo o mundo. O recuo, uma constante nas últimas semanas, é resultado das incertezas provocadas no mercado global pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Tais dúvidas entre investidores estão relacionadas tanto ao tarifaço sobre produtos importados como, mais recentemente, aos ataques feitos pelo republicano contra Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Nesta segunda, em sua rede social, “Truth Social”, Trump voltou à carga contra Powell.

O presidente dos EUA disse que “cortes preventivos” na taxa de juros americana são exigidos por muitos. Afirmou ainda que poderá ocorrer uma desaceleração na economia americana, caso as taxas não sejam reduzidas. Na sexta-feira (18/4), o diretor do Conselho Econômico Nacional americano, Kevin Hassett, havia dito que Trump estudava a possibilidade de demitir Powell.

Às 14 horas, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas de mercados desenvolvidos, caía quase 1,02%, aos 98,35 pontos. Pela manhã, a queda era ainda maior, chegando a 97,9 pontos, o nível mais baixo desde 2022. O indicador é composto por seis divisas: o euro (que representa 57,6% do pacote); o iene japonês (13,6%); a libra esterlina (11,9%); o dólar canadense (9,1%); a coroa sueca (4,2%) e o franco suíço (3,6%).

“Fuga de capitais”

Nesta segunda-feira, várias das moedas valorizavam-se em relação ao dólar. O euro, por exemplo, registrava avanço de 1,3%. De acordo com análise do jornal britânico Financial Times, tanto a força da moeda europeia (subiu 5% neste mês) como a recente alta dos títulos do governo alemão podem sugerir uma “fuga de capitais” de investidores, em busca de proteção contra a guerra comercial. E, agora, contra os ataques de Trump a Powell.

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