Papa negro e 8º rei: teorias ganham força após morte de Francisco

​A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, reacendeu teorias apocalípticas baseadas em passagens bíblicas e antigas profecias. Entre elas, destaca-se a interpretação do capítulo 17 do Apocalipse, que menciona sete reis e um oitavo, associado à figura da besta.​

​A possível eleição do cardeal guineense Robert Sarah como próximo papa alimenta especulações sobre o surgimento do “papa negro”, uma figura ligada a profecias de fim dos tempos. Sarah, conhecido por seu conservadorismo, seria o primeiro papa africano da história moderna.​

Interpretação do Apocalipse 17

O versículo 10 do capítulo 17 do Apocalipse afirma:​

“São também sete reis. Cinco caíram, um existe, o outro ainda não chegou; e, quando chegar, deve permanecer pouco tempo. E a besta, que era e não é, também é o oitavo, e procede dos sete, e vai à perdição.”​

Alguns interpretam os “sete reis” como sete papas anteriores, sendo o oitavo uma figura final que marcaria o fim de um ciclo profético. Essa interpretação, embora controversa, tem sido aplicada ao contexto papal por teóricos que veem paralelos entre os reis mencionados e os papas recentes.​

Profecia dos Papas de São Malaquias

A Profecia dos Papas, atribuída a São Malaquias, lista 112 lemas em latim, cada um associado a um papa. O último lema, “Petrus Romanus” (Pedro, o Romano), descreve um papa que governaria durante grandes tribulações até a destruição de Roma. Alguns acreditam que Francisco, o 112º papa, seria esse último pontífice, enquanto outros aguardam a eleição de um sucessor que se encaixe na descrição.

Significado de “Papa Negro”

A expressão “papa negro” tem dupla conotação. Tradicionalmente, refere-se ao superior dos jesuítas, conhecido por usar batina preta. No entanto, a possível eleição de Robert Sarah, um cardeal africano, trouxe uma nova interpretação, associando a expressão à cor da pele do futuro papa. Essa associação tem alimentado especulações sobre o cumprimento de profecias relacionadas ao fim dos tempos.​

Ceticismo e críticas

Especialistas alertam que muitas dessas profecias são de autenticidade duvidosa e foram publicadas séculos após os eventos que supostamente previam. A Profecia dos Papas, por exemplo, foi publicada pela primeira vez em 1595, e muitos historiadores acreditam que tenha sido forjada para influenciar a eleição papal da época.​

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