São Paulo — A humorista Juliana Oliveira será ouvida pela Polícia Civil na próxima quarta-feira (23/4) sobre a denúncia de estupro feita por ela contra o apresentador Otavio Mesquita. O depoimento está marcado para às 11 horas, no 7º Distrito Policial de Osasco, região metropolitana de São Paulo.
No mês passado, a defesa da ex-assistente de palco do The Noite moveu uma queixa-crime no Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontando supostos indícios de que Mesquita teria cometido estupro contra ela durante um episódio do programa que foi ao ar em abril de 2016.
No documento, os advogados anexaram imagens do programa citado. Nele, o apresentador surge suspenso por uma corda, fantasiado de Batman. Quando Juliana se aproxima para ajudá-lo com o equipamento, Mesquita agarra a assistente, apalpa o seio dela e a envolve com as pernas, esfregando-se repetidas vezes (veja abaixo).
Otávio Mesquita se posicionou por meio de um comunicado divulgado por sua equipe. “Amigos da imprensa, estou acompanhando tudo com serenidade, reflexão e com o apoio da minha equipe jurídica. Neste momento, minha prioridade é respeitar todos os envolvidos e manter a tranquilidade. Um abraço com o carinho de sempre”, disse o apresentador.
Relembre o caso
- Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do The Noite, denunciou Otávio Mesquita por estupro durante uma gravação do programa em 2016
- Segundo Juliana, Mesquita tocou seus seios e região íntima sem consentimento, a imobilizou com as pernas e simulou relação sexual no palco
- Ela afirmou que nada foi combinado e que denunciou o caso à equipe do programa na época, sendo posteriormente escondida em banheiros para evitar contato com Mesquita
- O apresentador disse que o conteúdo era uma brincadeira combinada, pediu desculpas caso tenha sido mal interpretado e processou Juliana por danos morais
- Os advogados dela afirmam que houve uso de força física e ausência de consentimento, apontando humilhação pública com a exibição do episódio
- Juliana formalizou uma representação criminal no Ministério Público de São Paulo e afirma ter sido ignorada pela direção do SBT ao relatar o caso