São Paulo — O empresário Bernardo Malta de Amorim e o corretor de imóveis Guilherme Accioly Ferreira foram condenados a pagar R$ 55 mil por danos morais e estéticos ao ator Henri Castelli por causa de uma agressão ocorrida em um restaurante de Alagoas, em 2020.
Dias depois do episódio, Castelli divulgou um vídeo chorando nas redes sociais. Ele afirmou que havia sido “covardemente agredido”, mostrou a fratura na mandíbula e disse que processaria os responsáveis.
Na ação movida na Justiça paulista, o ator alegou que as agressões o fizeram se afastar de suas atividades temporariamente. Ele sofreu uma fratura na mandíbula, perdeu um dente e precisou passar por duas cirurgias, “com a finalidade de fixar a mandíbula, com placas e parafusos de titânio, acarretando, até hoje, perda da sensibilidade na região”, argumentou a defesa.
Bernardo afirmou no processo que deu convites a um evento e emprestou uma embarcação para Henri Castelli. No dia do ocorrido, ele disse que pediu ao ator um “feedback” sobre o evento. De acordo com o empresário, Castelli teria respondido que “estava uma bosta”, o que gerou uma discussão.
Ainda conforme Bernardo, depois da conversa, o ator “pegou sua própria genitália e, com gestos obscenos, falou ‘pegue aqui’”. Nesse momento, Bernardo teria fingido que ia apalpar o ator, que teria revidado com um soco. Segundo a versão, Castelli teria errado o golpe e acertado em Guilherme — o ator nega as acusações.
Por sua vez, Guilherme alegou que agiu em legítima defesa e deu um soco em Castelli.
Um perito descreveu a condição clínica do ator. “Notamos que um lado da sua mandíbula não é exatamente igual ao lado oposto e classificamos esta assimetria ou diferença como aceitável. Não é uma assimetria anormal ou acentuada a ponto de caracterizarmos como uma deformidade”, afirmou.
“É totalmente possível após um trauma de magnitude elevada, a ponto de fraturar uma mandíbula que esta estrutura anatômica nunca mais volte a seu formato 100% original”, completou o perito.
Na decisão, a juíza Luciane Cristina Silva Tavares condenou os réus ao pagamento de R$ 40 mil por danos morais e R$ 15 mil por danos estéticos — o pedido de Henri Castelli era de R$ 412 mil.
Bernardo e Guilherme podem recorrer da sentença.