O corpo do piloto Marcelo Noronha Munhoz, 58 anos, que estava desaparecido desde quarta-feira (16/4) após decolar com um avião de pequeno porte do garimpo Olímpia, em Oriximiná (PA), rumo à pista conhecida como “Nova”, foi encontrado, nesta terça-feira (22/4), junto aos destroços da aeronave.
Muniz fazia o transporte de alimentos para uma área remota e mantinha contato via rádio e internet por meio de uma antena Starlink. Segundo a família, ele relatou falha no motor momentos antes da queda e conseguiu avisar colegas e parentes antes de perder completamente o contato. O último sinal via satélite foi registrado no dia do desaparecimento.
Testemunhas relataram que o avião caiu em uma área próxima à Terra Indígena Kaxuyana-Tunayana, na fronteira entre o Brasil e a Guiana. Um líder indígena teria presenciado a queda.
Foram realizadas mais de 28 horas de voo em uma área superior a 657 milhas náuticas quadradas, marcada por vegetação densa e relevo acidentado.
Falha de motor
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) buscava a aeronave, identificada como de matrícula PT-IVN, modelo Cessna 182. A região onde ocorreu a queda do avião é caracterizada por vegetação densa, relevo acidentado e por condições meteorológicas adversas, o que impõe desafios às missões de busca.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o piloto teria utilizado um telefone por satélite para avisar que a aeronave apresentava falha de motor e que estaria caindo nas proximidades da Pista Nova. A comunicação sobre o desaparecimento foi recebida pelo Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico Amazônico (ARCC-AZ).