O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após ter sido submetido a uma cirurgia no domingo (13/4) para tratar uma obstrução intestinal. De acordo com o último boletim divulgado neste sábado (26/4), Bolsonaro está estável clinicamente e “segue o tratamento para controle das alterações dos exames laboratoriais do fígado, que encontra-se em recuperação”.
O boletim ainda informa que ainda persistem os sinais de gastroparesia (retardo do esvaziamento do estômago) e o paciente ainda não apresentou movimentos intestinais espontâneos, o que impede
momentaneamente a alimentação por via oral ou pela sonda gástrica.
Veja documento:
“Apresenta-se estável clinicamente, sem febre ou alterações da pressão arterial. Segue o tratamento para controle das alterações dos exames laboratoriais do fígado, que encontra-se em recuperação. Persistem os sinais de gastroparesia (retardo do esvaziamento do estômago) e ainda não apresentou movimentos intestinais espontâneos, o que impede momentaneamente a alimentação por via oral ou pela sonda gástrica. Segue recebendo suporte calórico e nutricional por via parenteral (endovenosa) exclusiva. Continua realizando a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa. Persiste a restrição de receber visitas e não há previsão de alta da UTI”.
Assinam o boletim deste sábado Cláudio Birolini, médico-chefe da equipe cirúrgica; Leandro Echenique, médico cardiologista; Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior, coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital DF Star; Brasil Caiado, médico cardiologista; Guilherme Meyer, diretor médico do DF Star; e Allisson Barcelos Borges, diretor-geral do DF Star.
O que é obstrução intestinal?
- A obstrução intestinal é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total da passagem dos alimentos digeridos pelo intestino.
- Essa condição pode ser provocada por diferentes fatores, como tumores, hérnias, inflamações, intoxicações, ou pelas chamadas bridas intestinais.
- Os principais sintomas incluem inchaço abdominal, prisão de ventre, dificuldade para eliminar gases, náuseas, vômitos e dor abdominal em forma de cólica.
- No caso de Bolsonaro, o problema está associado às cirurgias feitas após o atentado de 2018, o que favorece a formação dessas aderências.
O procedimento, que durou cerca de 12 horas, teve como objetivo a remoção de aderências intestinais — conhecidas como bridas — e a reconstrução de parte da parede abdominal. Essas alterações são comuns em pacientes que passaram por cirurgias abdominais anteriores e podem causar dor, obstruções e outros sintomas.
Embora o quadro de saúde evolua de forma positiva, não há, por enquanto, previsão de alta da UTI. O hospital informou que o ex-presidente continuará sob monitoramento intensivo.
Desde o atentado que sofreu em setembro de 2018, durante a campanha presidencial, Bolsonaro passou por uma série de procedimentos médicos relacionados ao sistema digestivo.