O fundador do Hotel Urbano, João Ricardo Rangel Mendes, de 45 anos, conseguiu escapar de seguranças após furtar obras de arte. Em uma das tentativas, João chegou a afimar que estava passando mal para evitar ser preso.
Os crimes ocorreram em um hotel de luxo e em um shopping center na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A Justiça do Rio, nesse domingo (27/4), converteu a prisão em flagrante do empresário para preventiva.
Segundo o depoimento, Mendes saiu do elevador, circulou pela área social de eventos por alguns minutos e, em seguida, cometeu o primeiro furto. Segundo o relato do segurança, ele utilizou uma bolsa de entregador de comida para esconder o quadro retirado da parede.
Durante a madrugada, o empresário foi a um escritório de arquitetura, no shopping center, onde ele tentou levar vários quadros, mas, de acordo com a Polícia Civil, não conseguiu levar as obras.
De acordo com as câmeras de segurança, é possível ver o homem descendo o elevador com os quadros. Ao sair, retirou o uniforme de motoboy e chamou um táxi. Como as peças não cabiam no veículo, foram amarradas no teto. Seguranças do shopping acharam a movimentação estranha e tentaram abordá-lo, mas ele fugiu em uma motocicleta sem placa.
Ainda no mesmo dia, o homem retornou ao hotel. O segurança relatou que o empresário pegou um travesseiro, tirou a fronha e usou tecido para esconder o objeto e saiu novamente pelo elevador.
Depois do segundo furto, a equipe de segurança abordou o suspeito, mas ele alegou estar passando mal por ter tomado um medicamento, escapando mais uma vez.
Entenda o caso
O ex-CEO da Hurb foi preso, nessa sexta-feira (25/4), por furtar obras de arte de hotel e escritório. A prisão em flagrante foi efetuada pela Polícia Civil, em uma cobertura de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Grande parte das obras furtadas foi localizada no imóvel em que o empresário estava. A polícia localizou três esculturas de cerâmica e um dos quadros subtraídos do hotel, avaliados em cerca de R$ 23 mil. Apenas uma pintura ainda não foi recuperada.
Segundo a corporação, a primeira ação criminosa foi o furto de obras de arte de um hotel de luxo na Barra da Tijuca. Ele também teria subtraído quadros e outros pertences de um escritório de arquitetura localizado em um shopping center, no mesmo bairro.
“Após análise de imagens e diligências, constatou-se que se tratava do mesmo autor, e que ele utilizou a mesma motocicleta para cometer ambos os crimes”, destacou a corporação.
João Ricardo Rangel Mendes tentou fugir da ação dos policiais, mas foi capturado no terraço do apartamento.
Todo o material foi devolvido aos legítimos proprietários e agentes da 16ª DP seguem em diligências para localizar a última obra de arte.
O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa de João Ricardo Rangel Mendes. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.