A brasileira Erika Santos afirma ter recebido uma recomendação da União Europeia antes do apagão que alertava a população a fazer um “kit de emergência de no mínimo três dias”. A queda de energia atingiu toda a Península Ibérica e parte da França na manhã desta segunda-feira (28/4). Portugal diz que situação aconteceu por causa de um fenômeno atmosférico raro.
Ao Metrópoles Erika, que mora em Montijo, em Portugal, relatou que a situação está caótica no local e que o transporte não funciona.
“Há um tempo, a gente recebeu uma orientação da União Europeia de fazer um kit de emergência de no mínimo três dias. E, então, todos já estavam em alerta, embora ninguém estivesse preparado. Por mais que tenham dito que foi um incêndio que atingiu uma rede elétrica de alta tensão, todo mundo fica com pé atrás por causa dessa notificação. Então, está tudo muito incerto”, contou.
Na Espanha, a estudante Helena Neves explica que, por estar acomodada na faculdade, ainda consegue ter acesso ao wi-fi. “Quase todas as pessoas aqui, que são do sul da Espanha, não estão com internet ou acesso a nada”.
De acordo com a brasileira, todos os postos da cidade estão fechados, e as famílias estão abastecendo as casas com água e comida, como nos tempos da pandemia da Covid-19.
Helena também explica que alguns amigos parecem estar mais tranquilos do que outros. “Vejo que alguns mais acostumados com apagão estão melhores. Como estão dizendo que foi um ataque cibernético, está me lembrando o mesmo do ano passado, quando ficamos quase três dias sem informações e tudo”.
Apagão geral
Na Espanha, aeroportos e metrôs pararam nas principais cidades. O Aeroporto de Barajas, em Madri, permanece sem energia, e o metrô de Valência suspendeu todos os serviços.
Dados da Red Eléctrica, a operadora da rede elétrica espanhola, mostram uma queda abrupta no fornecimento em questão de segundos. Cidades como Sevilha, Barcelona e Pamplona também continuam afetadas.
A Red Eléctrica informou ter ativado os protocolos de emergência e garantiu que “todos os recursos estão dedicados à solução da interrupção”.
Ainda não está clara a extensão exata dos danos nem o número de pessoas afetadas. Há também relatos de falta de energia em cidades portuguesas, como Lisboa e Porto.
