O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou participação em cerimônia de concessão de rodovias do Paraná, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (28/4), minutos antes de a agenda começar. O governador paranaense, Ratinho Júnior (PSD), estava presente no Planalto.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, que marcou presença no evento, explicou que o presidente não compareceu à cerimônia porque estava gravando uma mensagem para 1º de maio, em comemoração ao Dia do Trabalhador.
“O presidente estava confirmado a presença — aliás ele tem estado aqui em todas as assinaturas do Paraná —, mas essa semana, como todo o povo brasileiro sabe, o presidente precisou comparecer ao sepultamento do papa Francisco, retornou a pouco. E, nos próximos dias, nós teremos o 1º de maio e o presidente terminou represando algumas atividades, tem que gravar uma mensagem para o povo brasileiro e para o trabalhador no 1º de maio, e terminou atrasando um pouquinho e não pode estar presente”, disse o ministro.
A cerimônia desta segunda tinha como objetivo concessões dos lotes três e seis de rodovias do Paraná. Juntas, as estradas abrangem 1.231 quilômetros, tanto em nível federal como estadual.
Os contratos têm vigência de 30 anos e a expectativa é de que as concessionárias vencedoras invistam, nos dois lotes, R$ 36 milhões em melhorias e manutenções das rodovias.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), é cotado como um dos candidatos da direita à Presidência em 2026, com forte oposição ao governo Lula.
Agenda de Lula
O presidente Lula se reuniu nesta segunda com o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, e secretário de Imprensa da Secretaria de Comunicação Social, Laércio Portela. A agenda estava prevista para esta manhã no Palácio do Planalto, no entanto, terminou apenas na tarde desta segunda-feira, e foi transferida para o Palácio da Alvorada.
O chefe do Palácio do Planalto também deve se encontrar com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.
As agendas acontecem em meio a nova crise no governo Lula, agora em torno de cobranças indevidas realizadas por entidades na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).