Plano desenvolvido por acadêmicos da Unifebe é incorporado à rede municipal de saúde

O Plano de Parto é um documento com validade legal, reconhecido pelo Ministério da Saúde, utilizado pelos profissionais envolvidos para seguir as orientações descritas pela gestante. No formulário, a mãe relaciona seus desejos para o nascimento do bebê, desde a entrada até a alta no serviço de parto, como a escolha de acompanhante, alimentação e quais medidas em situação de emergência adotar.

Foi com base nas dúvidas apresentadas pelas gestantes, durante as consultas de acompanhamento do pré-natal na Unidade Básica de Saúde, que Bruno Costa Fortunato, Guilherme José Rosa, Johnston Thompson Lemer, Luan Aguiar e Rodrigo Matheus Rotava, acadêmicos do curso de Medicina da UNIFEBE, desenvolveram um novo Plano de Parto. “Como no 4.º semestre o foco é saúde da mulher, queríamos utilizar nossos conhecimentos em ginecologia e obstetrícia em nosso cenário prático na UBS. Então, pensamos em desenvolver um documento que pudesse ser utilizado e preenchido durante as consultas”, conta o acadêmico Bruno Costa Fortunato.

Para conhecer melhor o que o Sistema Único de Saúde disponibiliza durante o parto, os estudantes, acompanhados das gestantes, visitaram a maternidade do Hospital Azambuja e lá foram questionando e aprimorando o documento. “Reunimos tudo e construímos uma planilha. Nesse formulário está descrito tudo o que o município oferece, além de uma série de informações importantes sobre o que é essencial levar para o dia do parto”.

Com o documento pronto, o Protocolo de Parto começou a ser implantado na UBS do bairro Santa Terezinha e, logo em seguida, compartilhado entre as UBSs de outros bairros do município. O material foi apresentado para a Secretaria Municipal de Saúde de Brusque e, após alguns ajustes em conjunto com a equipe de profissionais da rede, foi incorporado no protocolo pré-natal do município. “Como universidade comunitária, nosso desejo é que o nosso conhecimento se perpetue, agilize e melhore o atendimento aos usuários. Estamos bem felizes com o alcance e a proporção dessa intervenção”, acrescenta Bruno.

Todo o desenvolvimento do documento foi supervisionado e orientado pela professora do curso Fernanda de Oliveira Pereira, com o auxílio da preceptora Ana Paula Buchele. “Discutir o Plano de Parto na formação dos alunos de Medicina é fundamental, especialmente na perspectiva da humanização da assistência ao nascimento. Isto leva os futuros médicos a aceitarem o protagonismo da mulher no momento do nascimento de seu filho, exercendo uma escuta ativa e empática, rompendo as práticas médicas excessivamente medicalizadas, que possam configurar violência obstétrica e, além disso, promove o cumprimento de uma política pública”, avalia a professora.

Interação em Saúde na Comunidade

As intervenções realizadas pelos acadêmicos de Medicina da UNIFEBE nas Unidades Básicas de Saúde ocorrem por meio do componente curricular de Interação em Saúde na Comunidade – IESC. Desde a primeira fase do curso, os estudantes atuam diretamente na comunidade, orientados e supervisionados por preceptores, médicos e enfermeiros das UBSs. “O IESC é um componente curricular prático, que insere o estudante de Medicina no Sistema Único de Saúde, desde os primeiros dias de aula. É um diferencial do nosso curso, por instigar um pensamento crítico voltado às necessidades reais dos pacientes. O acadêmico aprende a ter mais empatia e a interagir com outros profissionais da área da saúde, tão importantes quanto o médico para um atendimento de qualidade à população”, enaltece o coordenador do curso, doutor Osvaldo Quirino de Souza.

A parceria da instituição com a Secretaria Municipal de Saúde e com o Hospital Azambuja foi essencial para que essas melhorias fossem implantadas no município, reforça o pró-reitor de Graduação, professor Sidnei Gripa. “A interação entre universidade, poder público e sociedade civil é transformadora. O Plano de Parto materializa o conhecimento científico dos nossos estudantes, integra os profissionais da área da saúde e contribui para que as pacientes do Sistema Único de Saúde tenham mais informações sobre seus direitos. Parabéns aos estudantes e professores envolvidos”, pontua Gripa.

O compromisso com uma formação humanizada é destacado pela reitora da UNIFEBE, professora Rosemari Glatz. “Mais do que formar profissionais comprometidos, éticos e humanos, nossa proposta com o curso de Medicina é de transformar a saúde pública da nossa região. Com esse propósito buscamos somar esforços e contribuir com a sociedade, por meio do conhecimento produzido na universidade. Os frutos já estão sendo colhidos e, dia após dia, a UNIFEBE tem se tornado cada vez mais referência nos cursos da área da saúde”.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Unifebe

Adicionar aos favoritos o Link permanente.