Os principais índices das bolsas de valores da Ásia fecharam em alta nesta terça-feira (29/4), com os investidores repercutindo indicações do governo dos Estados Unidos de que pode haver um alívio nas tarifas comerciais impostas sobre o setor automotivo.
A informação foi publicada pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal. Entretanto, ainda não há confirmação de que EUA e China tenham dado início a negociações sobre as tarifas.
O que aconteceu
- Liderando os ganhos no mercado asiático, o índice Taiex, da Bolsa de Taiwan, fechou em alta de 0,99%, aos 20,2 mil pontos.
- Na Bolsa de Seul, o índice Kospi avançou 0,65%, aos 2,5 mil pontos.
- Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,16%, aos 22 mil pontos.
- Nesta terça-feira, não houve negócios na Bolsa de Tóquio por causa de um feriado no Japão.
- Já na China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,05%, aos 3,2 mil pontos, praticamente estável.
- O Shenzhen Composto, menos abrangente, registrou alta de 0,24%, aos 1,9 mil pontos.
Setor automotivo
Nessa segunda-feira (28/4), fabricantes de automóveis afirmaram ter expectativa de que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciasse uma diminuição nas tarifas impostas sobre a indústria automotiva antes de sua viagem a Michigan, estado no qual estão localizadas empresas como General Motors, Ford e Stellantis.
Na semana passada, diversos grupos do setor apelaram a Trump para que houvesse uma redução das taxas de 25% sobre peças automotivas importadas, alegando que isso levaria a uma diminuição das vendas de veículos e à alta dos preços.
De acordo com autoridades da Casa Branca, há possibilidade de alívio nas taxas impostas a peças estrangeiras utilizadas em carros fabricados nos EUA.
“O presidente Trump está construindo uma parceria importante com os fabricantes nacionais e com os nossos grandes trabalhadores americanos”, afirmou o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em comunicado divulgado pela Casa Branca.
“Esse acordo é uma grande vitória para a política comercial do presidente, ao recompensar empresas que produzem no país, ao mesmo tempo em que oferece uma transição para os fabricantes que expressaram compromisso em investir nos EUA e ampliar sua produção doméstica”, completou Lutnick.