O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se favorável à destruição do passaporte de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento, já cancelado, foi apreendido em outubro de 2023 durante operação da Polícia Federal.
Léo Índio é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. Após ser denunciado, ele fugiu para a Argentina, onde solicitou asilo político, alegando perseguição.
Passaporte cancelado e fuga para a Argentina
Em manifestação encaminhada ao STF nesta terça-feira (29), Gonet destacou que a destruição do passaporte é adequada, uma vez que o documento foi cancelado e apreendido em outubro de 2023. A medida visa impedir o uso fraudulento do documento por terceiros.
Léo Índio deixou o Brasil após a denúncia e atualmente está na Argentina, onde solicitou asilo político. Ele afirma ser vítima de perseguição e teme ações do STF. Em entrevista a uma rádio de Cascavel (PR), declarou:
“Qual o nosso principal medo? Nós não sabemos até onde vão os tentáculos do STF, então temos muito medo dessa listagem cair em mãos de pessoas mal-intencionadas, seria uma pescaria num aquário”.
Defesa apresenta documentação argentina
A defesa de Léo Índio apresentou ao STF um documento comprovando sua estadia provisória na Argentina. Ele possui autorização para trabalhar, estudar e acessar serviços públicos no país.
PF avalia extradição
A Polícia Federal considera solicitar a extradição de Léo Índio diretamente às autoridades argentinas. O Brasil e a Argentina possuem um acordo bilateral de cooperação jurídica que dispensa a intervenção da Interpol nesses casos.
STF aceita denúncia
Em 28 de fevereiro, a Primeira Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia contra Léo Índio, tornando-o réu no processo sobre os atos de 8 de janeiro. A corte também rejeitou recurso da defesa, mantendo a decisão anterior que o incluiu entre os acusados. O julgamento ocorreu no plenário virtual, consolidando a ação penal contra ele.
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