São Paulo — O aposentado Luís Antônio Previatello, de 74 anos, morreu após ser atropelado por um carro de luxo, em frente de casa, no início da manhã desta quarta-feira (30/04) em Santo André, na Grande São Paulo.
O motorista do Audi TT Coupe perdeu o controle do veículo quando acessou a Rua Calábria, altura do número 151. Ele atingiu e matou com o carro a vítima. Eloi Henrique Guides, de 39 anos, não era dono do veículo, o qual teria pegado sem autorização da oficina mecânica onde trabalha. A reportagem apurou que ele tem passagens por violência doméstica e estelionato.
Vídeo obtido pelo Metrópoles (assista abaixo) mostra que o mecânico estava com sinais de embriaguez. No carro, como constatou a Polícia Técnico-Científica, havia uma garrafa de uísque.
Eloi foi encaminhado para o 2º DP de Santo André. Antes disso, porém, precisou ser contido no chão por socorristas dos bombeiros, até a chegada da Polícia Militar. Quando ele foi colocado na viatura, no compartimento traseiro, tentou impedir o fechamento da porta usando os pés. Policiais chegaram a cogitar a possibilidade a imobilizar as pernas do mecânico, mas não foi necessário.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o motorista foi preso em flagrante, sem especificar por qual tipo de homicídio — se culposo ou doloso.
Trauma familiar
A terapeuta Luciana Previatello, nora do idoso, afirmou ao Metrópoles que o senhor Luís costumava sentar-se todos os dia em frente de casa e, por isso, era conhecido por todos no bairro.
“A gente fica super chateado. O que era pra ser uma memória afetiva, para depois que ele [Luís] partisse um dia, porque ele já tinha uma idade avançada, virou um trauma. Fizemos até uma mureta para ele se sentar e se encostar na árvore. Era pra ter uma memória boa e vamos ter a lembrança dessa tragédia, por causa desse demônio, desse homem escroto”, desabafou a parente da vítima, referindo-se a Eloi.
Luciana acrescentou o aposentado nasceu e cresceu na casa, em frente da qual também morreu. Ele era casado e residia no local com a companheira há 50 anos.
O idoso trabalhou por décadas como motorista de crianças com necessidades especiais e era conhecido e querido por todos no bairro. Após se aposentar, sentava-se diariamente em frente de casa. Ele deixa três filhos e quatro netos.