Sucesso na década de 90, Michael Bolton tem atualmente 72 anos e vem lutando contra um glioblastoma desde 2023, quando precisou passar por uma cirurgia. O cantor falou sobre o caso pela primeira vez recentemente e abriu o coração sobre os desafios da doença.
“Você está recorrendo aos seus recursos e à sua determinação de uma forma que jamais imaginaria. Sucumbir ao desafio não é uma opção. Você é rapidamente arrastado para um duelo. Acho que é assim que você descobre do que é feito”, afirmou, em entrevista à People.
E continuou: “Sempre que você se encontra em qualquer tipo de situação desafiadora, saber que não está sozinho passando por isso é algo muito importante. Na verdade, isso ajuda as pessoas a saberem. Isso as lembra de que não estão sozinhas”, apontou.
Atividades durante o tratamento
A doença faz com que o paciente apresente déficits de memória, fala e mobilidade, mas isso não impediu o artista de viver. Ele contou que medita diariamente, joga golfe o máximo que pode, faz aulas de canto e terapia vocal com um coach online e se exercita com um personal trainer.
“Em geral, encontro conforto com mais facilidade. [Toda a experiência] me dá um senso de gratidão maior. É impensável que seja aceitável não aproveitar a vida ao máximo. Acho que desenvolvemos capacidades e gerenciamento de problemas, e aprendemos a tirar o melhor proveito de uma situação ruim. Você precisa ser um líder de torcida por si”, garantiu.
Vontade de seguir em frente
Ainda durante o bate-papo, Michael Bolton afirmou que se entregar não é uma opção: “Quero continuar. Acho que ainda há muito a fazer na luta”, declarou, antes de completar:
“Como posso dar coisas que elas possam levar adiante? Lições de vida, amor, qualquer tipo de validação que eu possa dar a elas — quero estar do lado certo disso para que se sintam bem consigo mesmas. É uma realidade da mortalidade. De repente, uma nova luz se acendeu, levantando questões, incluindo: ‘Estou fazendo o melhor que posso com meu tempo?’”, refletiu.
Para quem não sabe, o glioblastoma se inicia com o crescimento de células no cérebro ou na medula espinhal. Mesmo ainda não existindo uma cura, o tratamento médico proporciona redução dos sintomas e retarda o crescimento do tumor.