Ásia: bolsas fecham em alta com início de conversas entre EUA e China

Os principais índices das bolsas de valores da Ásia fecharam em alta nesta sexta-feira (2/5), com otimismo dos investidores em relação às possíveis negociações entre Estados Unidos e China sobre as tarifas comerciais impostas de parte a parte.


O que aconteceu

  • Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei encerrou o dia com ganhos de 1,04%, aos 36,8 mil pontos, alavancado pelo bom desempenho das ações ligadas aos setores farmacêutico e químico.
  • Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,74%, aos 22,5 mil pontos.
  • Na Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,12%, aos 2,5 mil pontos.
  • O melhor resultado ficou com a Bolsa de Taiwan: o índice Taiex avançou 2,73%, aos 20,7 mil pontos.
  • As bolsas de valores da China estão fechadas desde quinta-feira (1º/5) por causa do feriado do Dia do Trabalhador. O mercado chinês só reabre na terça-feira (6/5).

O que diz a China

Segundo um comunicado divulgado pelo Ministério do Comércio chinês, o governo do presidente norte-americano Donald Trump “tomou recentemente a iniciativa de transmitir mensagens ao lado chinês por meio de canais relevantes”.

A partir de agora, Pequim informou que pretende dar andamento a conversas diretas com Washington, com o objetivo de diminuir as taxas impostas sobre produtos importados entre os países.

De acordo com o governo da China, os EUA manifestaram “vontade de negociar sobre a questão tarifária”.

Entretanto, diz Pequim, é necessário que as autoridades norte-americanas demonstrem “sua sinceridade nas negociações, estando preparados para agir em questões como corrigir suas práticas erradas e suspender tarifas unilaterais”.

Antes do comunicado oficial do governo chinês, a informação sobre o início das negociações entre EUA e China havia sido divulgada por contas ligadas ao regime nas redes sociais.

Segundo a rede oficial CCTV, “não há necessidade de a China negociar antes que os EUA façam movimentos substantivos, mas, se quiserem se envolver com a China, não há danos nesse estágio, e o lado chinês precisa observar e até mesmo forçar as verdadeiras intenções dos EUA”.

O Ministério do Comércio da China afirmou ainda que “falar uma coisa e fazer outra ou usar as negociações para tentar coerção ou extorsão não funcionará com a China”.

Pequim disse ainda que, caso os EUA não estejam verdadeiramente abertos a uma negociação com os chineses, “isso vai mostrar sua total falta de sinceridade e solapar ainda mais a confiança mútua”.

Guerra tarifária

Atualmente, produtos chineses importados pelos EUA estão sendo taxados pelo governo Trump em até 145%, em alguns casos. Trata-se da soma das tarifas de 125% anunciadas pelo presidente norte-americano no mês passado e de taxas de 20% aplicadas no início do ano.

Em retaliação, a China impôs tarifas de 125% sobre os produtos dos EUA.

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