Tifanny Abreu escreveu história nessa quinta-feira (1º/5). Ela se tornou a primeira mulher trans a conquistar a Superliga de Vôlei. O título veio após a conquista do hexacampeonato do Osasco, na vitória por 3 sets a 1 sobre o Sesi-Bauru.
Ela conquista o título aos 40 anos, cinco a mais que a expectativa de vida de transgêneros no Brasil, como indica a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
“Eu entro em quadra carregando não somente a Tifanny, mas carregando toda a letra T, de pessoas transsexuais, transgêneros e travestis. Acho que cada pessoa que representa essa comunidade e está em foco, precisa carregar essa bandeira. Nós sabemos a luta diária que é para sobreviver. Nós lutamos por sobrevivência”, disse a jogadora após o jogo.
“Eu, com 40 anos, me sinto uma sobrevivente, porque sabemos que a expectativa de vida dos trans no Brasil é de 35 anos de vida. A maioria das mortes são horrorosas e causadas pelo público que, ao mesmo tempo, consome pornografia trans. Eu peço que todos os pais, todas as mães, as pessoas trans e todas as pessoas LGBTQIAPN+, pensem na nossa classe. Não é fácil, mas a gente só quer trabalhar e ter dignidade como todo mundo tem”, completou a atleta.
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