A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recentemente seu primeiro guia global voltado à meningite. Por afetar principalmente países pobres, essa é uma doença constantemente negligenciada. O documento engloba diagnóstico, tratamentos e cuidados específicos.
“A meningite bacteriana mata uma em cada seis pessoas que atinge e deixa muitas outras com problemas de saúde duradouros”, diz Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS em um comunicado da instituição. “A implementação dessas novas diretrizes ajudará a salvar vidas, melhorar o cuidado de longo prazo para as pessoas afetadas pela meningite e fortalecer os sistemas de saúde”, completa.
A meningite pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. Geralmente a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por meio de gotículas e secreções do nariz e da garganta. O contato com fezes, água e alimentos contaminados também pode ocasionar contágio.
De acordo com a OMS, a meningite bacteriana é a forma mais perigosa da doença e pode ser fatal em 24 horas. A instituição diz que cerca de 2,5 milhões de casos foram relatados globalmente em 2019. Destes, 1,6 milhão se deram por meio de bactérias, gerando 240 mil mortes. A África Subsaariana é um território especialmente vulnerável.
Essa enfermidade causa a inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Além da morte, pode gerar complicações de longo prazo. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça e rigidez na nuca.
É endêmica no Brasil, segundo o Ministério da Saúde – com mais surtos de meningite bacteriana no outono-inverno e de viral na primavera-verão. De acordo com o órgão, o Programa Nacional de Imunização disponibiliza vacinas capazes de prevenir as principais causas de meningite bacteriana. Atualmente, nem todos os tipos de meningite são preveníveis através de imunizantes.
Fonte: Revista Galileu