O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) protocolou um pedido urgente na Câmara dos Deputados para apreender armas de fogo no gabinete do parlamentar Delegado Caveira (PL-PA). Segundo a denúncia, o bolsonarista teria levado um fuzil calibre 5.56mm e uma pistola .40 para dentro do Congresso Nacional, exibindo os armamentos a assessores e visitantes sem autorização da Polícia Legislativa.
Correia argumenta que a ação infringe o Ato da Mesa nº 103/2019 e os artigos 267 e 271 do Regimento Interno da Casa, que proíbem o porte de armas, salvo em casos autorizados formalmente. O petista afirma que não há registro de autorização para o armamento nem comprovação de que ele tenha sido acautelado, o que seria obrigatório. O próprio Delegado Caveira teria admitido portar as armas, alegando ameaças e sua condição de policial civil licenciado.
Pedido de medidas imediatas
No documento, Correia solicita:
- A apreensão imediata das armas pelo Departamento de Polícia Legislativa
- A comunicação do fato à Corregedoria Parlamentar
- O encaminhamento do caso ao Conselho de Ética
- O envio do material à Procuradoria-Geral da República para possível apuração criminal
“Quem entra armado num lugar de palavras revela que seus maiores inimigos são o raciocínio, o diálogo e a paz”, diz o texto.
Histórico de confrontos
Em dezembro de 2024, o secretário nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, abandonou uma reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara após ser chamado de “bandido” por Delegado Caveira. O episódio ocorreu durante uma discussão sobre a validade de certificados de registros de armas de fogo. O deputado também proferiu ofensas ao presidente Lula e ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski .
Perfil do parlamentar
Delegado Caveira, nome político de Lenildo Mendes dos Santos Sertão, é policial civil e deputado federal pelo Pará. Ele iniciou sua carreira como cabo do Exército Brasileiro e da Polícia Militar de Goiás, ingressando na Polícia Civil do Pará em 2011. Foi vereador em São Félix do Xingu e deputado estadual antes de chegar à Câmara dos Deputados. Seu apelido faz referência ao personagem “Justiceiro” da Marvel Comics .
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