Você já deve ter lido que existem diversos benefícios na prática de masturbação constante. Mas, você já se perguntou se o excesso faz bem ou quantas vezes por semana é “normal”? Segundo a médica e sexóloga Thaina Costa, especialista em saúde sexual, não há limite para a masturbação.
“A masturbação serve como uma ferramenta de conhecimento do corpo. Quanto mais você sabe o que te excita, maiores as chances de ter um orgasmo a dois. Ela ainda ajuda na além da liberação de dopamina e endorfinas, que acabam gerando controle do estresse, melhora do sono e mais foco”, acrescenta a profissional.
Muitos fatores contribuem para que você sinta mais vontade de se masturbar em certos momentos do que em outros. Dos seus hormônios e ciclo menstrual aos seus níveis de estresse e necessidade de descompressão.
“A masturbação traz benefícios como o fortalecimento do assoalho pélvico — e quanto mais fortalecido, menores as chances de ter escape urinário. A prática também é necessária no tratamento de disfunções sexuais, como a anorgasmia; colabora com a diminuição das dores geradas pelas cólicas menstruais; e até melhora a imunidade”, destaca a profissional.

Autocarinho
Thaina ainda acrescenta que a masturbação deve ser vista como um momento de carinho e autodescoberta. “Recomendo usar a própria imaginação para criar roteiros sexuais com as suas fantasias, consumir conteúdos eróticos, como livros e podcasts. Usando as mãos ou com o auxílio de sex toys, o importante é se deliciar.”
A terapeuta sexual e sexóloga Thais Plaza emenda que o que importa não é a quantidade, e sim a intenção do ato. “Quando essa masturbação é feita com presença, com cuidado e com afeto, pode ser muito benéfico para a saúde, para o humor e para a liberação de hormônios de bem-estar”, prossegue.
Há limites?
O limite deve ser traçado a partir do momento em que a prática começa a trazer algum tipo de prejuízo na vida, como nos âmbitos profissional, emocional, afetivo ou sexual.
Thais acrescenta que se masturbar todos os dias não é um problema, porém, pode se tornar se a prática for compulsória. “O risco da masturbação é quando ela vira uma compulsória ou automática, uma fuga para angústias, para ansiedade ou quando é colocada como um ato que a pessoa passa não ter tanto controle”, encerra.