Washington — O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (5) um novo programa de autodeportação que oferece US$ 1.000 (cerca de R$ 5.658) a imigrantes em situação irregular que optarem por deixar voluntariamente os Estados Unidos. A iniciativa inclui passagens aéreas gratuitas e a exclusão do nome do solicitante da lista de detenção da agência de imigração.
Segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS), o objetivo é proporcionar uma alternativa segura e econômica à detenção, reduzindo os altos custos da deportação forçada, que atualmente chegam a cerca de US$ 17.121 por imigrante. Para participar, o imigrante deve enviar uma solicitação de “intenção de partir” pelo aplicativo CBP Home, plataforma oficial do governo americano para serviços imigratórios.

Como funciona o programa
O aplicativo CBP Home, lançado em março, permite que imigrantes em situação irregular comuniquem sua intenção de deixar o país. Após a aprovação, o participante tem até 21 dias para embarcar rumo ao país de origem. O valor de US$ 1.000 será liberado apenas após a confirmação de que o participante chegou ao seu destino. O auxílio é individual, sem pagamento adicional para famílias.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, afirmou que o programa é “a melhor, mais segura e econômica forma de deixar os Estados Unidos e evitar a prisão”. Segundo ela, o governo já custeou a passagem de um cidadão hondurenho que embarcou em Chicago, e outros bilhetes estão reservados para os próximos dias.
Economia para o governo
O governo norte-americano prevê uma economia de até 70% nos custos de deportação com o novo programa. Embora seja inédito nos Estados Unidos, programas semelhantes já são adotados em países da Europa, como o Reino Unido, onde cidadãos recebem até 3 mil libras (cerca de R$ 22,5 mil) para retornar voluntariamente, com a restrição de não poderem retornar ao território britânico por até cinco anos.
Reações e críticas
A iniciativa gerou críticas de especialistas em imigração, que alertam para possíveis consequências legais para os participantes. Segundo eles, a saída voluntária pode levar a proibições de entrada de três a dez anos ou até mesmo permanentes, dependendo do tempo em que o imigrante permaneceu nos EUA. Além disso, pode reduzir as chances de obter um visto ou permissão de residência no futuro.
A secretária Kristi Noem declarou que aqueles que não optarem pela autodeportação serão encontrados, deportados e nunca mais poderão retornar ao país.
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