O grupo criminoso especializado em fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), alvo da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (6/5), em Minas Gerais, operava há quase duas décadas utilizando uma estrutura sofisticada de falsificação documental.
As investigações apontam que a quadrilha criava identidades fictícias a partir da emissão de certidões de nascimento falsas, documentos de identidade e comprovantes de residência forjados. A patir disso, conseguiam registrar pessoas inexistentes como beneficiárias do INSS.
Dez pessoas idosas reais foram utilizadas para se passar por pelo menos 40 identidades falsas, gerando pagamentos indevidos que ultrapassam R$ 11,5 milhões. A estimativa da PF é que a operação tenha evitado um prejuízo adicional de R$ 5,2 milhões aos cofres públicos.
Operação Egrégora
Nesta terça (6), foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Criminal da Justiça Federal da capital mineira. Os investigados presos são dois homens de 53 e 52 anos e uma mulher de 50 anos.
Durante a ação, foram apreendidos um veículo, cartões de saque, celulares e uma arma de fogo.
A operação foi realizada em conjunto com a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), do Ministério da Previdência, e mobilizou agentes nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim.
Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa.
A Egrégora é mais uma ação integrada entre a Polícia Federal e os órgãos de controle da Previdência para coibir fraudes que afetam diretamente os recursos públicos destinados à população mais vulnerável.