A poucas horas do início do conclave que escolherá o novo papa, o Vaticano divulgou, nesta terça-feira (6/5), imagens da Capela Sistina, onde ocorrerão as votações secretas entre os cardeais.
O espaço foi preparado para receber os 133 cardeais eleitores que, a partir de quarta-feira (7/5), estarão completamente isolados do mundo exterior até a definição do novo líder da Igreja Católica.
O conclave acontece após a morte do papa Francisco, em 21 de abril, aos 88 anos. Desde então, os preparativos para a escolha de seu sucessor foram intensificados. A expectativa é de que o processo seja concluído em poucos dias, como tem ocorrido nas últimas décadas.
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Conclave
A eleição papal acontece por meio de rodadas sucessivas de votação, que seguem até que um candidato alcance o mínimo necessário de dois terços dos votos. Quando isso acontece, uma fumaça branca é liberada da chaminé instalada na Capela Sistina, indicando ao mundo que o novo pontífice foi escolhido.
Segundo o cardeal salvadorenho Gregorio Rosa Chavez, a escolha deverá acontecer em “no máximo em três dias”. A previsão acompanha a média histórica recente: nos últimos dez conclaves, a duração média foi de 3,2 dias, e nenhum ultrapassou cinco. Em 2005, o papa Bento XVI foi eleito em dois dias, mesma duração do conclave que elegeu Francisco em 2013.
A brevidade do processo é considerada importante por muitos dentro da Igreja, já que conclaves curtos transmitem uma imagem de unidade entre os cardeais. Por outro lado, votações prolongadas podem sugerir divisão interna em um momento de transição importante para o catolicismo.
Entre os cardeais que participarão do conclave, alguns já são vistos como “papáveis” — isto é, nomes considerados fortes para assumir o papado. Entre eles, ganham destaque o italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle. Outros nomes podem emergir durante as congregações gerais, reuniões realizadas antes do conclave onde são discutidos os desafios e o futuro da Igreja.
A partir do início oficial do conclave, os cardeais estarão em regime de clausura. Eles não poderão ter contato com o mundo exterior nem utilizar meios de comunicação, até que um novo papa seja eleito.