O Paquistão sinalizou que pode usar armas nucleares, caso seja atacado ou a existência do país seja colocada em risco pela Índia. A ameaça foi divulgada pelo ministro da Defesa paquistanês, Khawaja Asif, nesta terça-feira (6/5).
Em entrevista à mídia estatal Samaa, Asif disse que não só o território indiano estará em perigo, assim como o resto do mundo.
“Se a Índia ousar a atacar o Paquistão e a existência do Paquistão for ameaçada, ninguém sobreviverá neste mundo”, declarou o ministro da Defesa.
Ao lado de outras sete nações, o Paquistão é um dos poucos países que possuem armas nucleares em seus arsenais. A última estimativa do Bulletin of the Atomic Scientists aponta que o país conta com 170 armamentos de destruição em massa.
Tensão aumenta
Desde o último dia 22 de abril, Índia e Paquistão voltaram a reacender a histórica tensão entre as duas nações. Tudo começou após um ataque terrorista na Caxemira, quando homens armados assassinaram 26 turistas em um resort da região. Atualmente, o local é controlado pelo governo indiano, mas é alvo de disputa há décadas pelos dois países.
A Índia acusou o governo paquistanês de apoiar grupos insurgentes na Caxemira, como o The Resistance Front (A Frente de Resistência, em tradução livre), que realizou o ato no último mês. O Paquistão nega.
Desde então, hostilidades e trocas de tiros entre tropas dos dois países, e grupos extremistas, foram registradas na fronteira pelos dois governos.
A última delas aconteceu nesta terça-feira (6/5). Segundo o governo paquistanês, filiados da organização Exército de Libertação Baloch (BLA) explodiram um veículo de militares do país. Sete soldados morreram com a explosão, que aconteceu na província do Baluchistão, sudeste do Paquistão.
O país acusa a Índia de estar por trás da operação do ELB. O governo indiano ainda não se pronunciou sobre o caso.