O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu na tarde da segunda-feira (5/5) em sua residência, em Brasília, um funcionário do governo Donald Trump.
A reunião foi com Ricardo Pita, assessor sênior do Escritórios de Assuntos do Hemisfério Ocidental no Departamento de Estado, o equivalente ao Itamaraty no Brasil.
O encontro foi acompanhado pelo filho mais velho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que recebeu Pita mais cedo na segunda, no Senado.
Segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, seu pai falou sobre “as ameaças urgentes à democracia brasileira e aos interesses dos EUA na região”.
“Bolsonaro destacou as ameaças urgentes à democracia brasileira e aos interesses dos EUA na região. Pita manifestou apoio ao Presidente Bolsonaro e prometeu levar sua mensagem de volta para Washington DC, capital dos EUA. Pita manifestou apoio ao Presidente Bolsonaro e prometeu levar sua mensagem de volta para Washington DC, capital dos EUA”, afirmou Eduardo.
Pita nasceu na Venezuela e se naturalizou americano. Ele entrou no Departamento de Estado no governo Trump. Até então, era assessor do senador republicano Ted Cruz.
A expectativa, até então, era de que Flávio e Bolsonaro conversassem com David Gamble, atual chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado na gestão Trump.
Gamble é o chefe da comitiva americana e, segundo fontes da embaixada americana, está se concentrando em outras agendas políticas com integrantes de governos.
Como antecipou a coluna, Gamble teve reuniões, na terça-feira (6/5), em Brasília, com membros do governo Lula e com um senador do MDB, partido da base do petista.
O auxiliar de Trump se reuniu com integrantes dos ministérios da Justiça e da Segurança Pública e o das Relações Exteriores e com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE).
Na semana passada, Eduardo Bolsonaro chegou a anunciar que o auxiliar de Trump viria ao Brasil para tratar sobre supostas sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em nota, a embaixada americana no Brasil informou que Gamble chefiaria uma delegação do Departamento de Estado dos Estados Unidos para discutir “organizações criminosas transnacionais”.
“O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas.”, disse a embaixada.
A representação americana informou que, além de Gamble e de Ricardo Pita, a delegação é formada ainda por um assessor sênior do Escritório de Coordenação de Sanções.
