Luis Fabiano da Silva, suspeito de liderar o grupo que planejava um atentado no show de Lady Gaga em Copacabana, foi deportado dos Estados Unidos após viver ilegalmente por mais de 27 anos no país. O espatáculo reuniu 2,1 milhão de pessoas e ocorreu no sábado (3/5).
A possível tragédia foi evitada graças a uma ação articulada do setor de inteligência da Polícia Civil e denúncias anônimas feitas ao Disque-Denúncia. O plano, segundo as investigações, previa o uso de coquetéis molotov e outros artefatos explosivos artesanais. A motivação seria ideológica, uma vez que o grupo disseminava ódio na internet com discurso voltado contra o público LGBTQIA+, principal alvo do suposto atentado.
Fabiano chegou a ser detido no domingo (4), após ser encontrado armado. No entanto, foi liberado mediante pagamento de fiança. Diante da gravidade dos indícios, a Justiça determinou sua prisão preventiva após uma nova audiência.
Operação Fake Monster
As investigações já identificaram pelo menos oito envolvidos no plano. Além de Fabiano, um adolescente foi apreendido no Rio e outro integrante foi preso no Rio Grande do Sul no dia do show. A ação da polícia, batizada de Operação Fake Monster, evitou que o atentado se concretizasse, permitindo que o evento transcorresse sem incidentes.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos celulares, computadores e documentos que indicam recrutamento de jovens em ambientes digitais.
Fabiano, agora sob custódia, deverá responder por crimes relacionados ao terrorismo e à incitação ao ódio.