A mulher que acusou Jay-Z de estupro é alvo é novas acusações do rapper, que alega que ela não “não parou” de fazer declarações sobre ele. Ela alega que o rapper a estupro junto com Sean Combs, também conhecido como Diddy, em uma festa, quando ela tinha apenas 13 anos.
A petição alterada— apresentada na noite de segunda-feira (5/5) em Mobile (EUA) —vem mesmo após ela concordar, em fevereiro, em encerrar voluntariamente o processo por agressão sexual contra o marido de Beyoncé.
O músico acusa a mulher identificada como Jane Doe — nome dado nos EUA a pessoas que não tem a identidade revelada — de perseguição maliciosa e difamação. O documento alega que a acusadora “não parou” de fazer declarações sobre ele.
Nesse novo capítulo da batalha judicial, Jay-Z afirma que, em 11 de abril, Jane Doe publicou no TikTok um vídeo dublando a frase: “Você não poderia me pagar um milhão de dólares para me fazer gravar um vídeo de desculpas, eu mantenho o que disse, foda-se você”.
“Ao se recusar a se desculpar e continuar a ‘manter o que disse’, apesar de todas as provas e até das próprias admissões em contrário, Doe continua a demonstrar um desrespeito chocante e imprudente pela verdade, que é tanto intencional quanto malicioso”, afirma a petição alterada de Jay-Z, obtida pela Rolling Stone.
“Doe nunca teve nenhuma base razoável para sustentar qualquer verdade em suas declarações e agiu com total desprezo pela realidade. Em outras palavras, ela mentiu”, segue o processo.
A nova ação foi apresentada depois que Jane e o advogado dela, Tony Buzbee, contestaram o processo inicial alegando que ele não demonstrou o “dano especial” necessário para prosseguir com a ação.
Eles afirmaram que a alegação anterior de Shawn Carter (nome verdadeiro de Jay-Z) de que a Roc Nation perdeu um contrato de US$ 20 milhões não era suficiente.
Buzbee e Doe também argumentaram que as alegações dela estavam protegidas pelo privilégio concedido a ações judiciais movidas de boa-fé.
No processo atualizado, Jay-Z afirma que os US$ 20 milhões representavam a “garantia mínima de pagamento” de um contrato não divulgado, e que o valor total do acordo “seria muitos milhões de dólares maior se o contrato tivesse sido cumprido”.
A capacidade de fechar novos negócios também foi prejudicada pelas acusações da mulher, segundo o documento.
“Como resultado do processo falso e de outras declarações públicas falsas feitas pelos réus contra o Sr. Carter, ele teve negada uma linha de crédito pessoal de US$ 55 milhões,” afirma a petição. A Roc Nation, gravadora de Jay-Z, também teria sido impedida de obter um empréstimo de US$ 115 milhões porque ele e a empresa são “inextricavelmente ligados”, de modo que o que acontece com um afeta o outro, já que Carter detém 50% da empresa.
Processo
Tony Buzbee disse a Rolling Stone que “o caso é infundado e deveria ser arquivado”. Ele concentrou boa parte de sua indignação em uma nova acusação relacionada à suposta manipulação de páginas da Wikipédia.
Na petição alterada, Jay-Z afirma que “Buzbee orientou seus funcionários a editar páginas da Wikipédia para melhorar sua imagem e prejudicar a reputação do Sr. Carter e Roc Nation”, violando as regras da plataforma. “Usuários com um endereço de IP diretamente vinculado ao escritório de Buzbee fizeram mais de 100 edições positivas na página da Wikipédia de Buzbee,” alega o documento.
Ja-Z processou o advogado e o escritório dele em novembro de 2024 e a Jane Doe em março.
Em ambos os processos, Carter afirma que Buzbee sabia, ou deveria saber, que estava promovendo alegações falsas quando apresentou a versão revisada da ação de 8 de dezembro, acusando Carter de ser o famoso descrito inicialmente em uma ação movida contra Combs, em outubro.
Uma carta de Buzbee teria sido enviada ao rapper em novembro, tentando extorqui-lo antes de incluí-lo no processo contra Combs, após ele se recusar a aceitar um acordo confidencial, conforme o disposto no processo.