Um balão gigante da NASA completou uma viagem ao redor do mundo em pouco mais de 16 dias. O equipamento da agência espacial americana decolou do aeroporto de Wānaka, na Nova Zelândia, no dia 17 de abril, e atingiu a marca no dia 3 de abril, às 7h22 (horário dos Estados Unidos).
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O balão de supressão tem 532 metros cúbicos, e a NASA afirma que ele possui o tamanho de um estádio de futebol. O veículo de voo pressurizado foi projetado para flutuar a uma altitude constante, mesmo com o aquecimento e resfriamento que ocorre na mudança do dia para a noite.
“Estou muito orgulhoso do sucesso contínuo da missão, que se reflete diretamente na excelência de nossa dedicada equipe de operações e engenharia. Tanto o balão quanto os instrumentos científicos funcionaram bem durante o voo de teste”, disse Gabriel Garde, chefe do escritório do Programa de Balões da NASA na Base de Voo Wallops, na Virgínia, em comunicado divulgado pela empresa.
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Objetivos do voo
Além de testar e qualificar ainda mais a tecnologia de voos pressurizados, o experimento também transportou a missão High-altitude Interferometer Wind Observation (HIWIND), ou “Observação de Vento com Interferômetro em Alta Altitude”, em tradução livre.
A carga útil da HIWIND mediu o vento neutro na termosfera — camada superior da atmosfera onde as temperaturas são elevadas. Compreender essa dinâmica ajuda a prever mudanças na ionosfera, região carregada eletricamente que influencia sistemas de comunicação e navegação.
Problemas de desempenho
Apesar da marca alcançada, o balão de supressão apresentou pequenos problemas de desempenho. A equipe responsável pelo veículo aponta que durante o dia o balão manteve a altitude de flutuação, porém, no período noturno, foram verificadas quedas consideráveis de altitude.
“Embora tenhamos enfrentado alguns problemas de desempenho em altitude, a estrutura do balão e seu design apresentaram um ótimo desempenho, o que nos dá uma confiança significativa na viabilidade da plataforma para apoiar a ciência”, destacou Garde.
O voo do veículo da NASA se encerrou no dia 4 de maio, um dia depois da finalização da volta ao redor do mundo. Os cientistas conduziram um pouso controlado no Oceano Pacífico, a cerca de 1.300 quilômetros a leste da Nova Zelândia.
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