A Starlink acaba de ter sua operação aprovada na Índia, que representa o segundo maior mercado de internet do mundo, em termos de usuários. Após meses de negociações com o governo indiano, a empresa de Elon Musk precisou ceder a 29 exigências das autoridades locais para conseguir a liberação.
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A Índia foi bem específica em seus termos voltados para segurança, incluindo requisitos para rastreamento de terminais em tempo real, capacidades legais de interceptação e localização de pelo menos 20% de sua infraestrutura de segmento terrestre, processamento obrigatório de dados locais e mais.
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Mesmo com tantas exigências, o acordo acabou saindo mais flexível que o esperado. O próprio governo indiano precisou abrir mão de alguns requisitos, já que iam contra seus próprios regulamentos. Dentre eles, havia a participação majoritária obrigatória da Índia e a proibição do uso de terminais perto de fronteiras internacionais.
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O momento da aprovação é um tanto delicado, considerando que a Índia lançou a “Operação Sindoor” recentemente – dando início a uma possível guerra contra o Paquistão. O departamento de telecomunicações indiano garante que a decisão de aprovar a Starlink não foi motivada por assuntos militares.
Como vai funcionar?
A Starlink está concedendo acesso à internet através dos mais de 7 mil satélites que se encontram em baixa órbita terrestre. A operadora pode se tornar a primeira a oferecer serviços de internet móvel via satélite no país, garantindo conectividade em territórios isolados e com baixa cobertura de sinal.
Ainda não se sabe quanto o serviço por assinatura irá custar aos indianos, mas as expectativas dos analistas superam por muito a média da mensalidade cobrada pelas operadoras do país – que fica em torno de ₹ 500 (aproximadamente R$ 33). Os valores da Starlink em rúpias indianas podem chegar de ₹ 3.000 a ₹ 7.000 (de R$ 198 a R$ 464), o que limitaria bastante o acesso ao serviço.
Mesmo com a expectativa de preço nas alturas, o serviço tem gerado certo otimismo no país – especialmente se tratando da distribuição de internet em áreas rurais, que ainda são bem precárias nesse aspecto.
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