O autor Silvio de Abreu, criador de novelas de sucesso na Globo como Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995) e Torre de Babel (1998), comentou sobre a onda de remakes nos folhetins da emissora carioca e disse que fazer um remake de uma obra pode ser uma “armadilha”. Ele também detonou a presença de influencers nas produções atuais.
“Armadilha”
Silvio de Abreu conversou com o apresentador Ronnie Von no programa Companhia Certa, que vai ao ar neste sábado (10/5), na RedeTV!. O autor se desligou da TV Globo em 2020 e estreou no streaming como supervisor de Beleza Fatal, da Max, escrita por Raphael Montes.
O próprio Silvio de Abreu já escreveu um remake para a antiga emissora. Ele reescreveu a trama de Guerra dos Sexos em sua segunda versão, exibida em 2013, novela que ele criou originalmente em 1983. Na atração, ele falou sobre a experiência e comentou a nova versão de Vale Tudo.
“Era como se eu estivesse em uma armadilha”, sacramentou o autor. “Foi um trabalho muito difícil. Não sou a favor de remakes por isso. Mesmo Vale Tudo, que está sendo muito bem feita, não tem impacto. Já foi vista, não tem graça”, avaliou Silvio de Abreu.
Influencers e streaming
Durante a conversa, o autor também comentou a presença crescente de influenciadores digitais em produções: “Acho que o influencer deve fazer o que sabe fazer, mas não é ator. Sinto muito. Ser ator é outra profissão”, comentou.
Silvio de Abreu também falou de como foi trabalhar com Raphael Montes e conduzir uma novela no streaming. “Foi um prazer trabalhar com Raphael. Unimos minha forma clássica com a modernidade dele ao construir personagens e cenas. Funcionou maravilhosamente bem”, contou.