Brasília – A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou nesta segunda-feira (12) a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti como novo comandante da Seleção Brasileira de Futebol.
O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, que celebrou a chegada do europeu como um “passo estratégico” para resgatar a velha mística do futebol brasileiro.
Ancelotti, ex-Real Madrid e multicampeão europeu, era cobiçado pela CBF desde o fiasco na Copa de 2022, mas resistiu por mais de dois anos às investidas brasileiras. A entidade, enquanto isso, fez teatro com Fernando Diniz, vendido como “interino com alma de definitivo”, até a bola cair no colo do velho técnico italiano.
Técnico de grife, projeto genérico
Depois de renovar com o Real Madrid em 2023, Ancelotti parecia fora dos planos. Mas com a queda precoce de Dorival Júnior este ano, o plano A voltou à mesa – não por convicção, mas por pura falta de opções. O nome tem peso, mas a pergunta que ecoa: ele conhece o terreno em que está pisando?
CBF vende sonho europeu
No site oficial, Ednaldo Rodrigues deu tom épico ao anúncio:
“Estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ancelotti é o maior técnico da história e agora está à frente da maior seleção do planeta.”
O marketing é bom. O campo, veremos.
Silêncio sobre projeto, barulho nas redes
Nada de plano de longo prazo, reformulação das categorias de base ou investimento na formação de talentos. A estratégia é clara: terceirizar a responsabilidade para um gringo que venceu tudo na Europa. Como se o problema da Seleção fosse falta de Champions League no currículo.
O que esperar de Ancelotti no comando do Brasil
- Carisma e respeitabilidade internacional
- Experiência para lidar com grandes egos
- Um estilo mais pragmático, distante do futebol-arte
- Pouco conhecimento do futebol brasileiro atual
- Nenhum histórico com seleções sul-americanas
O post CBF entrega Seleção a Ancelotti: convicção ou desespero? apareceu primeiro em Diário Carioca.