Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou a atenção nesta segunda (12), durante o Fórum Empresarial Brasil-China, ao classificar como “indestrutível” a relação entre os dois países.
O discurso inflamado veio acompanhado de críticas sutis, mas certeiras, aos rumos da política comercial dos Estados Unidos.
Sob aplausos em Pequim, Lula não economizou na retórica: “Brasil e China serão parceiros incontornáveis. A nossa relação será indestrutível”. O presidente destacou que ambos os países têm em comum o compromisso com conquistas sociais e a defesa de uma nova ordem multipolar que respeite o Sul Global.
Sul Global em primeiro plano
O petista comparou a revolução de 1949, que levou os comunistas ao poder na China, com suas próprias vitórias eleitorais no Brasil. Para ele, tanto lá quanto cá, o motor foi a urgência por justiça social.
“Valeu a pena a revolução chinesa assim como valeram nossas eleições. Governo que se preze não esquece das origens de quem colocou ele no poder”, afirmou, num tom que mistura memória histórica e projeto de futuro.
Alfinetada nos Estados Unidos
Como já havia feito em Moscou, Lula voltou a criticar o ex-presidente Donald Trump por iniciar uma guerra comercial insana. “A boa política comercial é um jogo de ganha-ganha”, disse, frisando que taxações unilaterais são perigosas e contraproducentes.
Ele foi além: defendeu o multilateralismo como ferramenta essencial de equilíbrio global e alfinetou o protecionismo norte-americano. “O protecionismo no comércio pode levar à guerra, como já vimos na história”, alertou.
China não é vilã do comércio
Para Lula, a China está sendo injustamente retratada como inimiga do comércio mundial. Ele reforçou que o país asiático tem buscado parcerias com nações esquecidas por décadas, como o Brasil.
Enquanto o Ocidente fecha as portas, Pequim abre laboratórios, fábricas e acordos. E Lula parece muito confortável nesse jogo de xadrez geopolítico.
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