São Paulo – Os deputados da Assembleia Legislativa paulista (Alesp) aprovaram, por unanimidade, um aumento no piso salarial no estado para R$ 1.804,00, nesta terça-feira (13/5). O reajuste representa um acréscimo de 10% – do percentual, 4,7% correspondem à inflação de 2024 e os outros 5,3% são um aumento real — nos salários.
O aumento, acima da inflação, tem também um peso político. O repórter Gustavo Zucchi mostrou, no Metrópoles, que o reajuste reverberou em Brasília. Há quem aposte que a medida seria um trunfo para Tarcísio de Freitas (Republicanos) disputar o Palácio do Planalto.
No entanto, Tarcísio tem dito a aliados que pretende disputar a reeleição ao governo paulista, em 2026. As sondagens eleitorais para o próximo ano mostram que o governador venceria com folga a disputa estadual no próximo ano.
Tramitação na Alesp
A votação do aumento do piso salarial ocorreu no mesmo dia em que os servidores públicos estaduais receberam um reajuste salarial de 5% e que os subsídios do governador, do vice-governador e dos secretários estaduais também foram acrescidos no mesmo percentual.
Os funcionários públicos estaduais que, com o reajuste de 5%, não alcançarem o novo piso, irão receber um abono para o vencimento chegar em R$ 1,8 mil. O abono, porém, não será contabilizado para benefícios previdenciários e para a progressão da carreira.
Segundo o deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), a maioria das categorias não será contemplada no aumento do salário mínimo, porque uma cláusula na lei afirma que o piso salarial é inválido para as categorias que têm convenção coletiva.